Que Atlético e Cruzeiro não repitam 1987
A euforia que tomou conta dos mineiros com o
campeão da Libertadores e do Brasileiro da última temporada, nas disputas deste
ano, pode virar frustração nesta rodada das oitavas de final da competição
sul-americana.
Prefiro apostar no pensamento
positivo, que o Cruzeiro se garante na quarta-feira e o Galo na quinta. Porém,
é bom estarmos preparados para tudo, já que em 1987 tivemos uma decepção dupla
na semifinal da Copa União.
A euforia era semelhante: os
mineiros estavam prestes a realizar uma final inédita em uma competição
nacional, que equivalia ao Brasileiro daquele ano. Tinham bons times e
decidiriam a presença na final em casa. Pois, um dançou na quarta e o outro na
quinta. O Galo, com Telê Santana de treinador, perdeu para o Flamengo de Zico e
Renato Gaúcho.
No Maracanã foi 1 a 0 para o
Fla; no Mineirão, 3 a 2.
O Cruzeiro foi a Porto Alegre
e conseguiu segurar o Inter, 0 a 0. No Mineirão perdeu 1 a 0, gol de cabeça do
Amarildo.
A sensação de ressaca em Minas
demorou a passar.
Os times atuais do Galo e da
Raposa são bem melhores que os daquele ano, e os adversários daquela época eram
muito melhores que Cerro Porteño e Nacional de Medelín, conforme as senhoras e
senhores poderão ver nas fichas dos jogos no fim deste texto.
Inclusive houve justiça no
título do Flamengo que tinha um time muito melhor que todos também.
O Cruzeiro tem demonstrado uma
boa capacidade de reação quando necessita e deverá contar com Dagoberto, que
viajou com a delegação.
O Cerro mostrou ter uma boa
equipe, mas o maior adversário cruzeirense em Assunção será a pressão no
estadinho do Cerro, acanhadíssimo em relação ao Defensores Del Chaco.
O Atlético no Independência é
empurrado pela torcida, um doping, que costuma operar façanhas extraordinárias.
O Nacional tem também um bom
time, mas o principal desafio do Galo será voltar a fazer gols e vencer, coisa
que não ocorre a quatro partidas.
Paradas tortas, tanto na
capital paraguaia quanto na capital mineira.
Dê um passeio pela história e
confira as fichas das semifinais de 1987. E atenção ao público pagante de cada
jogo, em meio de semana, à noite no Mineirão.
Hoje comemora-se quando o
público chega a 30 mil pessoas. Naqueles tempos isso era uma mixaria a ser
lamentada. Este processo de elitização do futebol brasileiro é péssimo, mas
está sendo tocado em alta velocidade e sob as vistas grossas de quem tem poder
para dar o grito.
Como o maior interessado, que
é o torcedor, é cego pela paixão, a cartolagem faz o que é bom para o interesse
dela e vida que segue!
Tema para uma outra hora aqui
no blog.
CAMPEONATO BRASILEIRO (Copa
União) – Semifinais do Módulo Verde – Jogo de volta
02/12/1987
Local: Estádio Mineirão (Belo Horizonte – MG), (Público: 84.929).
02/12/1987
Local: Estádio Mineirão (Belo Horizonte – MG), (Público: 84.929).
ATLÉTICO
(MG): João Leite; Chiquinho, Batista,
Luizinho e Paulo Roberto; Éder Lopes, Marquinhos (João Pedro) e Vander Luis;
Sérgio Araújo, Renato e
Marquinhos Carioca (João Luis). Técnico: Telê Santana.
Marquinhos Carioca (João Luis). Técnico: Telê Santana.
FLAMENGO: Zé Carlos; Leandro II, Leandro, Edinho e
Leonardo; Andrade, Aílton e Zico (Henágio); Renato Gaúcho, Bebeto (Flávio) e
Zinho.
Técnico: Carlinhos.
Técnico: Carlinhos.
Gols: Zico, 22/1º, Bebeto, 31/1º, Chiquinho, 15/2º,
Sérgio Araújo, 19/2º e Renato Gaúcho, 34/2º.
Cartões Amarelos: Vander Luis e Zinho.
Cartão Vermelho: Paulo Roberto.
Arbitragem: Dulcídio Vanderlei Boschilla (SP).
Cartões Amarelos: Vander Luis e Zinho.
Cartão Vermelho: Paulo Roberto.
Arbitragem: Dulcídio Vanderlei Boschilla (SP).
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CRUZEIRO 0 X 1 INTERNACIONAL
CAMPEONATO
BRASILEIRO (Copa União) – semifinais do Módulo Verde – Jogo de volta
03/12/1987
Local: Estádio Mineirão (Belo Horizonte – MG), (Público: 58.250).
03/12/1987
Local: Estádio Mineirão (Belo Horizonte – MG), (Público: 58.250).
CRUZEIRO: Gomes; Balu, Vilmar, Gilmar Francisco e
Genilson; Ademir (Édson), Douglas e Eduardo (Ernani); Gil, Cláudio Adão e
Careca.
Técnico: Jair Pereira.
Técnico: Jair Pereira.
INTERNACIONAL: Taffarel; Luis Carlos Winck, Aloísio, Nenê e
Paulo Roberto; Norberto (Marquinhos), Airton e Luis Fernando Flôres; Paulinho,
Amarildo (Manu) e Brites. Técnico: Ênio Andrade.
Gol: Amarildo, 4/1º (Pr)Cartões Amarelos: Gil,
Douglas, Brites e Luis Carlos Winck.
Arbitragem: Romualdo Arppi Filho (SP).
A foto que todo mundo viu. É o craque
Neymar com seu filho no colo e duas bananas, em apoio a Daniel Alves e em
repulsa ao racismo no mundo do futebol.