Eram 16 minutos do segundo tempo quando Luan perdeu a
oportunidade de abrir o placar contra o Internacional em Novo Hamburgo.
Menos de um minuto depois de o centroavante gaúcho Leandro Damião
acertar o travessão do goleiro Victor. Grande jogo, entre dois times que
querem algo mais no Brasileiro, apesar de não ocuparem os melhores
lugares da tabela de classificação.
Só agora o Campeonato está começando a propiciar a torcedores e
analistas, elencar listas de prováveis candidatos ao título e lutadores
pela permanência na Série A.
Neste contexto, o Cruzeiro se credencia, principalmente depois da
goleada sobre o Vitória, sábado, que abriu os olhos do país pela
elasticidade do placar. Os 5 a 1 sobre o Vitória estabeleceram uma marca
diferente: pintou um candidato real ao título. O goleado não foi um
adversário qualquer. O rubro-negro baiano faz muito boa campanha; seria
normal perder para o Cruzeiro em Belo Horizonte, mas não de goleada tão
acachapante.
Mostra que além de time a Raposa tem banco, já que o técnico Marcelo
Oliveira não teve como repetir o mesmo time, em todos os jogos e ainda
assim o time mantém regularidade e se garante na primeira ou segunda
colocação.
Diferença
Esta é a diferença do Campeonato Brasileiro em relação aos melhores e
mais ricos campeonatos do mundo. O espanhol começou neste fim de semana
e o mundo tem certeza que Barcelona ou Real Madri será o campeão. No
Brasil, apesar da força econômica dos clubes do Rio e São Paulo,
impossível apontar quem será o campeão ou será rebaixado, mesmo quase na
metade do primeiro turno.
Quem garante que um São Paulo não reagirá na classificação?
Poder do grupo I
O Cruzeiro tem time e banco. Pouca gente se lembra que apesar da
posição invejável na classificação e goleada sobre o Vitória o time não
tem contado com jogadores como Dagoberto, e que o artilheiro Borges
ficou uma temporada afastado por contusão, e que hoje briga pela
condição de titular com promessas como o Vinícius Araújo (prata da casa)
e Ricardo Goulart, excelente aquisição ao Goiás.
Entrou na disputa
Além da vitória convincente sobre o Bahia o Atlético fez um bom jogo
contra o Inter em Novo Hamburgo. Cuca mudou o discurso infeliz, de que
priorizaria a Copa do Brasil; passou a falar em título, também do
Brasileiro, equilibradíssimo. Parece que os jogadores incorporaram o
discurso e puseram fim ao espírito de ressaca da Libertadores.
O empate no Sul mostrou isso.
Poder do grupo II
Sem falar que o Marcelo Oliveira foi uma aposta do Gilvan de Pinho
Tavares, um presidente que apostou em gestão própria, diferente do que a
maioria de nós imaginava. Nove em 10 futebolistas achava que ele
seguiria a cartilha do antecessor Zezé Perrella. Nada a ver! Métodos e
filosofia próprias, começando pelo diretor de futebol, Alexandre Matos e
treinador. Estrategicamente tolerou Celso Roth, no primeiro ano de
mandato, de vacas magras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário