Galo inverte vantagem na decisão mineira
A vantagem na decisão do módulo I do campeonato mineiro agora é do
Atlético. Neste domingo, no jogo de ida das finais, Galo bateu o
Cruzeiro por 3×0, no “Independência”, que tem sido o local de grandes
jogos do alvi-negro.
Foi lá que o Atlético ganhou do São Paulo (2×1) na primeira fase da
Libertadores, sem contar os 5×2 do Arsenal da Argentina. E, na última
quarta-feira, pelas oitavas, a goleada de 4×1 diante do Tricolor do
Morumbi, levando o Galo para as quartas-de-final da importante
competição.
Na primeira fase do Mineiro, Cruzeiro fez a melhor campanha com 10
vitórias, 1 empate e nenhuma derrota. O Galo, mesmo dividindo as
atenções com a Libertadores, chegou a 27 pontos, 9 vitórias, nenhum
empate e duas derrotas (2×1 para o Cruzeiro no Mineirão e 2×1 para a
Caldense, em Poços de Caldas).
Os gols
Os tentos atleticanos foram marcados por Jô aos 14 do 1º tempo, Diego Tardelli aos 26 e Marcos Rocha aos 33 min do 2º tempo.
Lances
Atlético foi melhor e impôs o seu futebol. A arbitragem pode ser
contestada. Luiz Flávio de Oliveira (Federação Paulista) deixou de
marcar, pelo menos dois pênaltis, para a equipe atleticana, no primeiro
tempo. A expulsão do zagueiro cruzeirense Bruno Rodrigo, aos 8 da etapa
final, foi justa (já tinha o amarelo).
Com a contusão de Luiz Flávio, entrou em ação o 4º árbitro, Pablo
Santos (Federação Capixaba), que errou ao não mostrar cartão amarelo
para o zagueiro Réver, que havia recebido um cartão na primeira etapa.
O Atlético não terá o volante Pierre para o segundo jogo, no Mineirão, no próximo domingo (19), por ter recebido o 3º amarelo.
Dia das mães
Dona Miguelina, mãe de Ronaldinho Gaúcho, entrou com o filho no
gramado do Independência, recebendo as homenagens dos torcedores.
Títulos
O Atlético, campeão do ano passado, vai em busca do BI. Até agora são 41 títulos do Galo e 35 do Cruzeiro. Até o árbitro!
Até o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não “aguentou” o ritmo do Galo.
A lamentar, a opção de Atlético e Cruzeiro por um árbitro paulista.
Além de desprestigiar os mineiros, perderam em qualidade, pois o senhor
Oliveira é fraco, e impediu que o jogo fosse melhor do que foi.
A comemorar, que, apesar de apenas 10% de uma das torcidas, tivemos
um clássico com a rivalidade sendo manifestada civilizadamente. É um
primeiro passo para que tenhamos no futuro, meio a meio, como sempre foi
e nunca deveria ter deixado de ser.
O jogo foi muito bom, e como era de se esperar o Atlético agrediu
mais, para tirar a vantagem do Cruzeiro, dono da melhor campanha na
primeira fase.
Valeu, principalmente para mostrar que a renovação de quase 100%
feita pela diretoria cruzeirense no elenco, está dando certo. Coisa rara
no futebol, que soma pontos na carreira do técnico Marcelo Oliveira,
que assumiu sob grande desconfiança da torcida celeste e da imprensa.
O Atlético está montado, tem estratégias e mais jogadores de
qualidade. Cuca está há vários anos, entre os treinadores da prateleira
de cima do futebol brasileiro.
Marcelo Oliveira está caminho. Sua principal virtude é saber dialogar
com o grupo que tem nas mãos. Do tipo de consegue tirar água da pedra.
Pelo lado alvinegro, a dúvida era se o time entraria em campo
querendo jogo ou se deixaria para a última partida. Quis! Aí mostrou
quem é quem! O Galo conseguiu uma raridade: elenco, ambiente, sintonia
entre comissão técnica, jogadores e diretoria. A torcida, que mesmo nos
muitos anos de baixa, sempre apoiou, agora está mais ligada do que nunca.
Joga junto!
Antes da partida eu já tinha previsto o que aconteceria: “…o time atleticano vive fase
excelente, com o quarteto ofensivo jogando por música (Ronaldinho,
Tardelli, Bernard e Jô).
Só que o sistema tático de Marcelo Oliveira é bem parecido com o de Cuca e o Cruzeiro também traz para o jogo um bom quarteto ofensivo com Diego Souza, Everton Ribeiro, Dagoberto e Borges).
Só que o sistema tático de Marcelo Oliveira é bem parecido com o de Cuca e o Cruzeiro também traz para o jogo um bom quarteto ofensivo com Diego Souza, Everton Ribeiro, Dagoberto e Borges).
Companheiros da imprensa nacional escrevem em suas colunas que a CBF deveria pegar Cuca e a
base do time do Atlético para representar a seleção brasileira na Copa
das Confederações.
Realmente o time está jogando muito, com consistência, fruto do
trabalho do comandante, que, diferentemente do passado, tem um respaldo
do comando do clube.
Alexandre Kalil implantou quase 100% em sua gestão no Atlético, o
que o pai dele, Elias, fazia. O melhor dirigente de futebol que já vi,
tinha uma virtude a mais que o filho: agia como estadista. Raramente
externava publicamente a raiva que sentia, era comedido nas polêmicas e
tinha certeza que o futebol se ganha também fora da quatro linhas.
Alexandre aprendeu a engolir sapos e digerir. Atua, hoje, com
paciência, parcimônia e moderação. O jeito mineiro assumiu o lugar da
porção árabe do sangue dele. Meia hora antes dos 3 a 0 deu entrevistas
desejando feliz dia das mães a atleticanos e cruzeirenses, que todos
voltassem bem para as suas casas, lembrando que o futebol é “a coisa
menos importante” das coisas mais importantes da vida de todos nós.
Menos problemas do que se esperava
A polícia trabalhou bem antes, durante e depois do clássico.
Houve menos ocorrências que se esperava.
O que repercutiu mais foi dentro do Independência, onde atleticanos
foram “premiados” com água e outros líquidos, jogados pelos cruzeirenses
que estavam em nível superior, conforme registro do Globoesporte.com,
momentos antes de bola rolar:
Torcedores do Cruzeiro arremessam objetos na torcida do Atlético-MG
Atleticanos chamam pela polícia, que tenta impedir mais agressões
Os organizadores do evento deste domingo, na primeira partida da
decisão do Campeonato Mineiro, têm tido muito trabalho para conter os
ânimos dos torcedores. O espaço destinado à torcida do Cruzeiro, em
pequeno número no estádio, fica no último andar do Independência, acima
de onde ficam os sócios-torcedores do Atlético-MG. A rivalidade entre as
torcidas e o ânimo bastante acirrado criaram um problema muito grande.
Os torcedores celestes, em posição privilegiada, começaram a
arremessar copos com água e com urina na torcida do Galo que, impotente,
apenas chamava pelos policiais.
- Polícia, polícia, clamavam os torcedores alvinegros.
Os policiais, com certa violência, tiveram que intervir para evitar mais agressões. FICHA TÉCNICA
Independência – 16h
A: Luiz Flávio de Oliveira (ASP. FIFA/SP)
A1: Alessandro A. Rocha Matos (FIFA/BA)
A2: Fábio Pereira (FIFA/TO)
4ºA: Pablo Santos (Aspirante FIFA/ES)
Gols: 7-Jô, aos 14’1T, 9-Diego Tardelli, aos 27’2T e 2-Marcos Rocha, aos 33’2T (Atlético)
Atlético: 1-Victor, 2-Marcos Rocha, 3-Gilberto Silva, 4-Réver, 5-Pierre (16-Josué, aos 13’2T), 6-Richarlyson, 7-Jô, 8-Leandro Donizete (15-Rosinei, aos 43’2T), 9-Diego Tardelli, 10-Ronaldinho Gaúcho e 11-Bernard (17-Luan, aos 39’2T). Técnico: Cuca
Cruzeiro: 1-Fábio, 2-Ceará, 33-Bruno Rodrigo, 3-Leo, 23-Everton (6-Egídio, no intervalo), 55-Leandro Guerreiro, 19-Nilton, 17-Everton Ribeiro (31-Ricardo Goulart, no intervalo), 9-Borges, 10-Diego Souza e 11-Dagoberto (86-Paulão, aos 12’2T). Técnico: Marcelo Oliveira
Cartões Amarelos:
Atlético: 3-Gilberto Silva, 4-Réver e 5-Pierre
Cruzeiro: 2-Ceará, 33-Bruno Rodrigo (2), 23-Everton, 17-Everton Ribeiro, 10-Diego Souza e 11-Dagoberto
Cartão Vermelho:
Cruzeiro: 33-Bruno Rodrigo
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