Com tristeza vi a notícia da morte do Oscar Niemeyer, lúcido,
ainda trabalhando, entre uma internação e outra, mesmo perto de
completar 105 anos de idade, que seria dia 15.
Mas fiquei feliz ao abrir a caixa de mensagens e ver uma nota oficial
do prefeito Marcio Lacerda falando dessa figura genial, tão importante
em nossa história.
Um dos brasileiros que eu mais admiro é Oscar Niemeyer, não
só por tudo que ele representa, mas principalmente pela ligação conosco,
mineiros, por causa do maior político que o país já teve, Juscelino
Kubitschek.
Quando prefeito, JK trouxe o recém formado arquiteto para
fazer de Beagá um laboratório do que seria Brasília. Dali em diante o
mundo todo passou a contratar obras do Niemeyer, sempre com referências a
Belo Horizonte e Brasília.
Durante a Copa de 1998, numa livraria em Paris, peguei um
livro que tinha Brasília na capa. Um senhora perguntou se eu era
brasileiro e eu disse que era de Belo Horizonte, ela se empolgou e
começou a falar coisas da nossa capital que nem eu sabia. Era uma
professora, fã de Oscar Niemeyer e sabia tudo sobre a origem dele. E
disse que passaria as próximas férias dela no Brasil, com prioridade
para o Rio, Brasília e Belo Horizonte.
Ano passado, em Guadalajara, durante os jogos Pan-Americanos,
ocorreu fato parecido, porém, numa loja de DVDs e artigos eletrônicos.
No telão era exibido um documentário sobre arquitetura, com destaque
para Niemeyer. Fui tratado como uma sub-celebridade quando as pessoas
viram em minha credencial, pendurada no peito, que eu era de Belo
Horizonte.
A nota oficial do prefeito:
“Prefeito Marcio Lacerda lamenta morte de arquiteto Oscar Niemeyer”
“Não há outra definição para Oscar Niemeyer senão a de que
ele é, sempre será, um dos grandes gênios da humanidade. Dono de uma
personalidade criativa e cativante, marcou a arquitetura brasileira do
século 20, da qual é, certamente, o maior representante. Surpreendeu o
mundo com as linhas curvas e ousadas dos seus projetos. Como prefeito de
Belo Horizonte, só posso dizer, e afirmo com certeza, que todos os
belo-horizontinos sentem-se muito honrados com o fato da nossa capital
ter sido o berço do trabalho de Oscar Niemeyer, com o Conjunto
Arquitetônico da Pampulha. Falar da perda desse grande brasileiro é
muito triste, mas ele deixou, para nós, a alegria de contemplarmos as
suas obras e o privilégio de constatarmos, em cada uma delas, a marca da
sua genialidade”
Marcio LacerdaPrefeito de Belo Horizonte
Na primeira foto, no início deste texto, Niemeyer, Israel Pinheiro, outro grande nome da história de Minas, Lúcio Costa e JK.
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