segunda-feira, 31 de outubro de 2016

BOA SEGURA BUGRE E LEVA VANTAGEM NA FINAL

Por: Dr. Julio - 31 de Outubro de 2016 - 17:47

Guarani x Boa Esporte, final Série C (Foto: Ari Ferreira/ GloboEsporte.com)Boa Esporte conseguiu segurar o Guarani no Brinco de Ouro 
O Boa Esporte entrou em campo já pressionado contra o Guarani. Não por resultados, mas por uma torcida que lotou o Estádio Brinco de Ouro e fez uma verdadeira festa. Entre as quatro linhas, no entanto, a equipe mostrou mais uma vez porque está na final da Série C, segurou o time da casa e conseguiu a vantagem de poder empatar em 0 a 0 no jogo de volta. 
Confiante, vindo de uma sequência de 14 jogos sem perder, o time não se intimidou com a força e a tradição do Bugre. Apesar da pressão inicial feita pelos donos da casa, o sistema defensivo funcionou bem e o Boa conseguiu criar a primeira chance real de gol em uma cabeçada perigosa do paraguaio Braian Samúdio que passou sobre o gol de Leandro Santos.
O Guarani continuou indo para cima, mas os mineiros seguiam à risca o que havia sido planejado pelo técnico Ney da Matta e não davam espaços. Verdade também que o time paulista conseguia abafar praticamente todas as tentativas de ataque do Boa, que só voltou a ter outra chance no primeiro tempo em cobrança de falta de Rodolfo. 
A partida foi para o intervalo sem que as equipes pudessem soltar o grito de gol. Chamusca, sem fazer alterações, conseguiu fazer com que o Bugre voltasse mais ofensivo e impusesse uma blitz no início do segundo tempo. Enquanto isso, Daniel Cruz, Rodolfo e Samúdio continuavam correndo e se desdobravam para ajudar na defesa.
Denis Neves, lateral-esquerdo Guarani, Guarani x Boa Esporte (Foto: Ari Ferreira/ GloboEsporte.com)Daniel Cruz na marcação do lateral Denis Neves 
O gol do Guarani só foi acontecer em um lance polêmico, em que Leandro Amaro dividiu com o goleiro Daniel para cabecear. Muita reclamação por parte do Boa, que teve que se abrir mais para buscar o empate. E ele saiu. Em lançamento de qualidade de Romano para Rodolfo, que bateu firme e deixou tudo igual. 
O resultado pode ser considerado justo, já que o Guarani foi pra cima e, especialmente no início de cada tempo, conseguiu impôr seu ritmo de jogo, enquanto o Boa não ficou só na defensiva e, quando precisou, foi para cima e conseguiu não só levar riscos ao gol do Bugre, como até empatar a partida.
No fim, a equipe sul-mineira teve vários motivos para comemorar: segurou o adversário; jogou de igual para igual no Brinco, onde o Guarani havia feito nove gols nos últimos dois jogos; e trouxe a decisão para o Melão, onde ainda não perdeu na Série C. No entanto, para sair campeão, o Boa precisa manter o foco, sabendo que do lado de lá está uma equipe que vem de resultados heróicos, que é uma das melhores da competição e que, embora haja a vantagem do empate em 0 a 0, ela é pequena diante de um jogo que promete ser tão duro.
Rodolfo, gol Boa Esporte, Guarani x Boa Esporte (Foto: Ari Ferreira/ GloboEsporte.com)Rodolfo fez o gol de empate do Boa Esporte 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

EQUIPES COMEÇAM A DECISÃO NESTE SÁBADO, ÀS 19h15, NO ESTÁDIO BRINCO DE OURO

Dr. Julio - 28 de Outubro de 2016 - 17:40
O Boa Esporte já está em Campinas (SP) onde enfrenta o Guarani pelo jogo de ida da final da Série C. O time Varginha realiza um último treino na tarde desta sexta-feira no Campo do Primavera, em Indaiatuba (SP), onde deve ser definida a equipe que vai a campo neste sábado. 
Para o jogo, o técnico Ney da Matta vai poder contar com o retorno do lateral-esquerdo Romano, que cumpriu suspensão na última rodada após ter recebido o terceiro cartão amarelo. O jogador tem sido um dos destaques da equipe no setor defensivo e participou de 17 partidas do Boa no campeonato.
O único desfalque deve ser o lateral-esquerdo Carlos Renato, que segue em tratamento por uma lesão na coxa e não foi liberado pelo Departamento Médico.
Romano lateral-esquerdo Boa Esporte (Foto: Régis Melo)Romano está de volta e reforça o Boa Esporte na reta final 

Dispensas
O treinador, no entanto, não vai poder contar com o atacante Ricardinho, que deixou a equipe nesta semana. O jogador ainda é um dos artilheiros do clube na competição ao lado de Daniel Cruz, com sete gols marcados. Ricardinho porém, estava sem marcar desde a 9ª rodada, contra o Guaratinguetá, e não vinha sendo relacionado para as últimas partidas após enfrentar problemas físicos.

Outro que deixou o clube é o meia Matheus Queiroz, que veio por empréstimo do São Paulo. Com 20 anos, o atleta participou de dois jogos do Boa na Série C. 
Matheus Queiroz e Ricardinho Boa Esporte (Foto: Régis Melo)Matheus Queiroz e Ricardinho deixaram o Boa Esporte nesta semana 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

POLÍTICA MINEIRA E NACIONAL

Por: Dr. Julio - 21 de Outubro de 2016 - 17:34
AK
“Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, esta frase atribuída ao governador Magalhães Pinto, retrata bem o que é a política, que muda de acordo com o momento e com a geografia.Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors, conseguiu superar a rivalidade da torcida do River e foi eleito presidente da Argentina. Quando o nome do Alexandre Kalil foi ventilado para uma possível candidatura a prefeito de Belo Horizonte, os analistas políticos diziam que seria impossível o fenômeno Macri se repetir por aqui.
Quando o processo eleitoral estava começando, um cruzeirense abordou Kalil:
__ Me dê pelo menos um motivo pra votar em você.
E ele respondeu:
__ O que fiz no Atlético.
Entre desconcertado e surpreso, o cidadão estendeu a mão a ele e disse:
__ FDP! Me convenceu!
Os números das pesquisas estão mostrando que a política mineira pode passar por uma guinada histórica e ganhou contornos nacionais. Ontem, depois da apresentação dos resultados do Ibope, a comentarista Renata Lo Prete, disse na Globo News, que o tucano Aécio Neves poderá ver as suas pretensões presidenciais de 2018 enterradas, caso o candidato dele seja derrotado aqui, já que Geraldo Alkimin, o governador de São Paulo, concorrente na indicação tucana, elegeu o dele, João Doria, no primeiro turno na capital paulista.
Interessante é que as divergências do Kalil com o Aécio começaram quando o então governador descumpriu o compromisso em relação ao novo Mineirão: a gestão seria entregue a Atlético, Cruzeiro e América depois da reforma, mas acabou indo para três empreiteiras que formaram o Consórcio Minas Arena.
Hoje o portal da revista Veja também mostra a nacionalização da campanha em nossa capital. Com dois equívocos: Kalil não chegou a se graduar em Engenharia, e a empresa dele teve a falência anulada pela Justiça anteontem.
“Ibope: Alexandre Kalil ultrapassa João Leite em Belo Horizonte
Empresário tem 54% das intenções de voto válido, contra 46% do deputado estadual”
“Quem é o ex-cartola que pode derrotar o afilhado de Aécio em BH”
Vitória de Alexandre Kalil, que presidiu o Atlético-MG por seis anos e que sustenta o discurso antipolítico, seria o pior pesadelo do senador tucano
Gabriela Terenzi
Alexandre Kalil (PHS-MG) estreou na política neste ano como postulante à Prefeitura de Belo Horizonte e, em pouco tempo, tornou-se a maior pedra no sapato de Aécio Neves (PSDB-MG).
O tucano é o principal fiador da candidatura de João Leite (PSDB-MG), deputado estadual por seis mandatos, que vinha liderando todas as pesquisas de intenção de voto até esta quinta-feira, quando o Ibope acusou a virada de Kalil: 54% das intenções de voto, contra 46% do deputado.
Presidente do Atlético-MG entre 2008 e 2014, o “outsider” Kalil não teria chegado até aqui sem a fama que conquistou como cartola. De estilo “sem papas na língua”, é amado e odiado. Irritou muitos torcedores com declarações nada lisonjeiras (“[Ser cruzeirense] é igual a ser aleijado. Coitado, não tem culpa, nasceu!”), mas estava à frente do Galo na inédita conquista da Copa Libertadores, em 2013.
Sua figura era tão conhecida na capital mineira que nem os míseros 20 segundos de que dispunha no horário eleitoral ou a ausência de um padrinho político o impediram de alcançar o segundo turno.
O segundo ingrediente do fenômeno Kalil é seu discurso antipolítico – à semelhança do de João Doria em São Paulo –, que tenta emplacar a imagem de gestor, mas em versão “homem do povo”. A estratégia aparece mais agora que ele e João Leite dispõem do mesmo tempo de televisão, mas já despontava nos debates do primeiro turno.
Em um deles, para justificar sua dívida de 100 mil reais de IPTU com a Prefeitura de BH, Kalil afirmou: “Eu não sou deputado, sou igual a você que está aí, que é pobre, sofre, tem que pagar conta (…) Se eu devo é porque eu tô apertado”. Seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral é de 2,8 milhões de reais.
Além de cartola, Kalil é engenheiro e dono da Erkal Engenharia, que teve falência decretada a menos de uma semana do primeiro turno. É difícil conciliar esse fato com a ideia de um bom gestor. Mais difícil é dizer que o trabalho de cartola nada tem a ver com a política. Mas o fato é que, em BH, a ideia, aparentemente, colou.
A ausência de vínculos políticos também deixou o candidato do PHS muito à vontade para criticar todos, inclusive o atual prefeito, Marcio Lacerda (PSB), que amarga baixa popularidade no final de seu mandato (64% dos belorizontinos desaprovam sua gestão, segundo o Ibope). O mesmo não pode fazer João Leite, já que tanto ele quanto Lacerda são ligados a Aécio. O ex-cartola agregou, assim, também os votos petistas e anti-Aécio na cidade – até de alguns cruzeirenses.
No meio dessa história, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), pouco espaço teve. Atolado até o pescoço com as investigações da Operação Acrônimo, não deu as caras nem na campanha do candidato do PT no primeiro turno. A vitória de Kalil, nesse momento, representaria um pequeno alento ao petista, pela derrota do partido rival.
O impacto forte sobrará mesmo a Aécio. Se a tendência mostrada pelo Ibope se confirmar, o revés para o senador é imenso. Vale lembrar que a influência do tucano foi determinante na eleição e reeleição do atual prefeito de BH e que, em 2014, o senador teve generosa vantagem sobre Dilma Rousseff na votação na capital mineira.
Se Aécio não conseguir eleger seu afilhado no próprio curral eleitoral, sua influência no PSDB será colocada em xeque e o mineiro pode perder a chance de sair candidato a presidente pelo partido em 2018.
Enquanto isso, seu principal oponente nessa disputa, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) fez de seu afilhado, o empresário João Doria, o primeiro prefeito eleito em primeiro turno em São Paulo, numa demonstração de força política.

STJD DEVOLVE OS PONTOS AO FLAMENGO

Por: Dr. Julio - 21 de Outubro de 2016 - 17:25
MEIRA
Sandro Meira Ricci não citou a conversa que teve com o inspetor do jogo que o informou que a TV mostrou que houve impedimento e com isso se livrou de uma punição e garantiu a manutenção do resultado.
* “STJD arquiva pedido de anulação do Flu. Fla volta aos 60 pontos”
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) arquivou o pedido do Fluminense pela anulação do clássico com o Flamengo. O tribunal considerou não existir fundamentação necessária para levar o caso ao plenário com as bases apresentadas pelo Tricolor das Laranjeiras. Desta forma, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já atualizou a classificação em seu site, devolvendo os três pontos da vitória por 2 a 1 ao Rubro-negro, levando-o aos 60 pontos – quatro a menos do que o líder Palmeiras.
O Flamengo, por meio do advogado Michel Asseff Filho, já havia pedido a anulação do julgamento. O procurador Felipe Belivacqua alegou falta de provas e encaminhou o documento para a decisão do presidente Ronaldo Piacente. Não cabe recurso.
“O Flamengo recebeu com muita alegria a decisão do STJD de arquivar a denúncia feita pelo Fluminense visando a anulação do jogo e estava, desde o início, bastante tranquilo porque não houve interferência externa e seria uma verdadeira injustiça invalidar o jogo por conta da correta anulação de um gol ilegal do clube adversário. Foi uma vitória importante que vai representar um combustível a mais para o jogo de domingo (contra o Corinthians). Os jogadores, com isso, estão vendo que a diretoria está fazendo de tudo para dar totais condições de jogo para que eles conquistem o heptacampeonato”, declarou o vice-presidente jurídico rubro-negro Flávio Willeman.
O Fluminense solicitou a anulação do jogo na última segunda-feira (17) por entender que houve interferência externa sobre a arbitragem em uma marcação de impedimento de Henrique.
No lance apontado pelo Tricolor, o zagueiro fez um gol irregular e anulado corretamente pelo auxiliar. O árbitro Sandro Meira Ricci o validou após os protestos tricolores. Depois de muita reclamação dos flamenguistas e de uma suposta interferência externa, quando o inspetor da partida teria avisado Ricci que o gol foi irregular a partir de imagens da TV, o juiz o anulou definitivamente.
A suspensão do resultado da partida deixou o Flamengo temporariamente sete pontos atrás do líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro e com um jogo a menos. O clube preparou a defesa através do advogado Michel Assef Filho e obteve êxito no pedido de cancelamento do julgamento.
Veja o pronunciamento do STJD:
De ordem do Dr. Auditor Presidente deste Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Botelho Piacente, referente ao Pedido de reconsideração encaminhado pela Procuradoria do STJD nos Impugnação de Partida sob nº 354/2016- STJD – tendo como Impugnante Fluminense F.C., informo que através de despacho, acolhe o pedido da D. Procuradoria, e reconsidera a decisão de fls. 31/32, e com fundamento no inciso III,§2º do artigo 84 do CBJD, indefere liminarmente a petição inicial da ação de impugnação de partida.
Determina ainda, a intimação imediata do Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, para que homologue o resultado da partida realizada em 13 de outubro de 2016 entre o Fluminense Football Club e o Clube de Regatas Flamengo pelo Campeonato Brasileiro – Série- A (2016), devendo surtir seus efeitos legais e regulamentares.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

BOA ESPORTE EM BUSCA DO TÍTULO DA SÉRIE C

Por: Dr. Julio - 18 de Outubro de 2016 - 16:16
     TREINADOR NEY DA MATTA DO BOA ESPORTE (DEMITIDO DO TOMBENSE)E O SUPERVISOR TÉCNICO BAIANO(TOMBENSE) 
O Boa Esporte deu mais um importante passo na caminhada em busca do título da Série C do Brasileirão neste ano. No último sábado (14), a equipe mineira enfrentou o Juventude, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, e saiu de campo com um excelente resultado. A vitória por 2 a 1 conquistada fora de casa deixa o time de Varginha muito próximo da decisão da competição.

Esta semana será de bastante trabalho e concentração para os atletas e comissão técnica. Nesta terça-feira (18), a equipe se reapresenta e treina no período da tarde no Centro de Treinamento da Rua Paraná. Amanha, quarta-feira (19), os trabalhos serão realizados na parte da manhã no CT e, na quinta-feira (20), às 20h, os jogadores fazem um treino coletivo no Estádio Melão. Seguindo a agenda do clube, o último treinamento antes da decisão acontece nesta sexta (21) de manhã e, logo após o almoço, os atletas ficam em concentração até o confronto contra o Juventude, no sábado (22), às 21h.

Para o confronto da volta, a direção da equipe boveta anunciou a promoção “Outubro Rosa”. Todas as mulheres que forem ao Melão no próximo sábado vestidas com a camisa do Boa, ou com vestimentas que identifiquem o time, terão entrada gratuita no estádio. E mais, crianças com até 12 anos, acompanhadas de responsável, também não pagarão ingressos no jogo decisivo.

TREZE DOS VINTE CLUBES DA SÉRIE A DO BRASILEIRÃO, ESTÃO SENDO PATROCINADOS PELA CAIXA

Por: Dr. Julio - 18 de Outubro de 2016 - 15:45
PATROCINIO
Tudo bem que os bancos são as empresas que mais faturam e têm mais privilégios no Brasil, porém, banco estatal deveria se preocupar é com o fomento da economia, geração de empregos, bancar projetos educacionais e culturais. É mais uma inversão de valores neste nosso país. Reportagem da Folha de S. Paulo:
* “Patrocínio estatal domina camisas de times da Série A”
Treze dos vinte times da Série A do Campeonato Brasileiro têm em comum a mesma marca exposta nas suas camisas. Fato inédito nas grandes ligas do futebol mundial, a concentração da Caixa Econômica Federal como patrocinador da maioria dos clubes é um retrato da dependência do investimento estatal na elite do futebol.
Com Internacional e Grêmio apoiados pelo Banrisul, banco do Estado do Rio Grande do Sul, o número de times com parceria com empresas estatais chega a 15. Ou seja, 75% dos clubes da primeira divisão do Brasileiro recebem dinheiro público, seja ele federal ou estadual.
Em 2016, a Caixa investiu R$ 132,5 milhões para expor sua marca em camisas de futebol. Além das equipes da elite nacional, patrocina sete clubes da Série B.
O contrato com valor mais alto pertence ao Corinthians. Um dos primeiros a exibir a marca, o time alvinegro recebe R$ 30 milhões por ano.
Procurado para comentar sobre a parceria, o clube respondeu que “não pode opinar sobre a estratégia de comunicação”.
A Caixa afirma que “o patrocínio tem o propósito de transmitir uma mensagem de dinamismo e agilidade com potencial de rejuvenescimento da marca”. A estatal informa que as parcerias ajudam a “incrementar os relacionamentos institucionais e negociais, possibilitando desenvolvimento de produtos e serviços destinados às pessoas físicas e pessoas jurídicas ligadas à cadeia de valor dos clubes de futebol”.
O banco exige dos clubes interessados que eles estejam nas séries A ou B do Campeonato Brasileiro. Precisam também apresentar certidão negativa de débitos, comprovando que não possuem dívidas fiscais.
Oferecendo valores muitas vezes maiores do que empresas privadas, a Caixa passou a ser procurada pelos equipes a partir de 2012.
Caso da Chapecoense, que buscou o apoio estatal.
“Em 2012 disputávamos a Série C e o superintendente da região falou que não tinha jeito. No ano seguinte subimos, fizemos um projeto e levamos para a Caixa. Na época a verba não iria contemplar mais ninguém e tivemos que esperar até julho de 2013”, afirmou Jandir Bordignon, vice-presidente de marketing do clube catarinense.
HEGEMONIA
Essa não é a primeira vez que uma empresa vira onipresente em camisas de times do Brasileiro. Em 2011, o banco BMG, envolvido no escândalo do mensalão, chegou a expor sua marca em oito times da Série A do Brasileiro.
O modelo de negócio da instituição privada na época era distinto do usado pela Caixa. Além do valor do patrocínio, o BMG financiava a contratação de jogadores.
Um dos últimos clubes a acertar acordo com a Caixa Econômica Federal, o Santos ficou por quase três temporadas sem um patrocinador principal fixo. Antes, teve contrato com o BMG, que encerrou em 2013, ano em que Neymar foi vendido.
“O Brasil vive uma crise financeira grande. Isso inviabiliza muitas empresas de investirem em um patrocínio no futebol ou no esporte”, afirma Modesto Roma Júnior, presidente do Santos.
O especialista em gestão esportiva, Pedro Daniel, da consultoria BDO, vê outra explicação para o afastamento de empresas privadas.
“O que falta é uma questão de governança dos clubes. A falta de transparência faz com que as marcas deixem de investir no futebol”, diz.
São Paulo e Palmeiras também passaram mais de uma temporada sem um patrocínio fixo. As equipes buscaram acordos pontuais, com rentabilidade menor.
“Quando você [empresa] opta por um time, você tem sempre um risco de rejeição da torcida rival. Então, isso acaba gerando entre as empresas algumas preocupações. E isso afasta o investimento”, opina Anderson Gurgel, professor de marketing esportivo no Mackenzie.
Segundo ele, o caminho para as marcas acaba sendo muitas vezes o de evitar associar-se a equipes.
“Ou elas apoiam a seleção ou patrocinam vários clubes ao mesmo tempo, que é um pouco do que a Caixa está fazendo. Ela está tentando mapear para diminuir rejeição em relação a torcidas rivais”, completa.
CAMISA VAZIA
Sem um anunciante fixo, o São Paulo viu sua receita com patrocínios cair de R$ 33 milhões, em 2013, para R$ 19 milhões em 2015.
Desde o início de 2016, o clube expõe a marca da operadora de saúda Prevent Senior. Os valores do contrato não foram divulgados, mas estima-se cheguem a R$ 25 milhões por ano.
O Palmeiras também viveu situação semelhante à do rival. Durante dois anos, entre 2013 e 2015, o clube foi obrigado a colocar em sua camisa o logo do programa do Sócio-torcedor para não ficar com o lugar mais nobre vazio.
O alviverde tem hoje o maior patrocínio do futebol brasileiro.
A parceria com a Crefisa garante ao Palmeiras R$ 66 milhões por anos. A equipe divulga em sua camisa as marcas da empresa de crédito pessoal e da Faculdade das Américas, que pertencentes ao mesmo dono.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

NETO DO ROBERTO MARINHO AGORA É O CHEFÃO DO ESPORTE NA REDE

Dr. Julio - 12 de Outubro de 2016 - 10:54
NETO
O Grupo Globo anunciou em um comunicado interno a criação de uma área independente do jornalismo da emissora para cuidar da produção de conteúdos esportivos. O núcleo será comandado por Roberto Marinho Neto, herdeiro de Roberto Marinho (1904 – 2003).
“Essa nova área será responsável pela aquisição de direitos esportivos, pesquisa de mercado e soluções multiplataforma. Terá também a seu cargo programas e noticiários esportivos da TV Globo e Globosat, as transmissões de eventos esportivos em ambas as empresas, assim como a produção de conteúdo do Globoesporte.com e Sportv.com”.
“Vai ainda estabelecer uma relação coordenada com as áreas de programação, comercialização e distribuição de produtos das duas empresas”.
Até agora, o esporte tinha duas gestões independentes no Grupo Globo. A aquisição de direitos esportivos e negociações com clubes de futebol, federações e comitês, por exemplo, era feita por uma área. Já a produção de conteúdo na TV Globo e outras mídias era integrada com a departamento de jornalismo da emissora, comandado por Ali Kamel, diretor-geral.
“Nosso objetivo é aglutinar esforços para que nossa estrutura de esportes seja a mais apropriada para o ambiente cada vez mais complexo, competitivo e multifacetado”, afirmou Marinho Neto.
Antes de assumir a divisão de esportes, Roberto Marinho foi diretor na área internacional da emissora.

DESPREPARO DOS JORNALISTAS ESPORTIVOS

Por: Dr. Julio - 12 de Outubro de 2016 - 10:33
* “Condenações nos EUA levarão ao fim da Fifa, diz jornalista alemão”
Ao fim das investigações do FBI na Fifa, que emergiram em maio de 2015, quando sete dirigentes foram presos na Suíça, a entidade que comanda o futebol mundial não irá resistir. Será punida com uma multa tão alta que terá que fechar as portas.
A previsão do fim, em poucos anos, de um império do esporte é feita por um dos maiores especialistas nos bastidores da Fifa.
Premiado como melhor jornalista de esporte na Alemanha em 2006, Thomas Kistner, 57, é editor do jornal “Süddeutsche Zeitung”, de Munique, e autor de “Fifa Maffia”, que mostra como a corrupção tomou conta de toda a estrutura dessa máquina de fazer dinheiro sediada na Suíça.
O livro, que não tem edição no Brasil, vai muito além das trajetórias de velhos conhecidos nossos da cartolagem, como o brasileiro João Havelange (1916-2016) e o suíço Joseph Blatter, ex-presidentes da Fifa.
Kistner apresenta, por exemplo, um retrato minucioso do empresário alemão Horst Dassler, herdeiro da Adidas e fundador da agência de marketing esportivo ISL. “Dassler seria o nome ideal para um filme sobre crimes econômicos”, afirma o jornalista à Folha.
Na entrevista, o alemão também comenta o despreparo dos jornalistas de esporte e conta o que sentiu ao testemunhar, in loco, o 7 a 1.
Kistner abriu sábado (8) o festival de jornalismo Piauí – Globonews.
 – Em que aspectos as semelhanças entre a Fifa e a máfia italiana são mais evidentes?
Thomas Kistner – Ambas são núcleos familiares fechados. A própria Fifa se considera uma família: a “família do futebol”, a “família Fifa”. São como seus colegas do Comitê Olímpico Internacional (COI), que se tratam como a “família olímpica”.
A “família Fifa” se comporta em pontos-chave ao estilo da máfia. Há um patrono, ou presidente, com poder absoluto, sabe tudo e pode recompensar e punir qualquer um. A palavra dele é lei. Claro que, oficialmente, há regras escritas na Fifa, mas ninguém se importa com elas, como nós pudemos aprender com as investigações do FBI.
Além disso, prevalece uma completa ausência de controle externo. Lembre-se da frase famosa de Blatter: “Os problemas da família do futebol devem ser resolvidos dentro da família”. Ou seja, não por júris independentes.
Outro ponto é que em ambas uma mão lava a outra. Só é possível alcançar posições de destaque se você ajudar os chefes. Contribuindo com eles, por exemplo, para vencer esses eventos que eles chamam de “eleições” -tudo está previamente arranjado.
A Fifa e a máfia se assemelham ainda ao oferecer cargos e empregos a filhos, tios, sobrinhos, amigos próximos, que trabalham em empresas secretas mundo afora. Há uma enorme rede de negócios em torno da Fifa que inclui parentes de dirigentes.
Ao longo do livro, chama a atenção a engenhosidade com que o empresário Horst Dassler manobrou o negócios do esporte. Poderia comentar as principais estratégias usadas por ele?
Ele foi um visionário manipulador. Tinha muito tino para captar os avanços nesse universo da política do esporte, percebia o que viria pela frente.
Seu primeiro passo foi comprar os atletas oferecendo a eles equipamentos esportivos, depois dando dinheiro diretamente. A próxima etapa foi subornar funcionários ligados ao esporte. Por fim, ele fez com que seus próprios funcionários fossem admitidos nas federações, e alguns se tornaram presidentes dessas entidades.
Trabalhava como um agente secreto, seus funcionários tinham que atuar como um serviço secreto: observando todos, manipulando, procurando material para chantagear aqueles que não se comportavam como ele gostaria.
Ele criava dossiês a respeito de pessoas que poderiam ser úteis para os seus objetivos. No hotel onde hospedava seus convidados, havia grampos. Por outro lado, ao viajar para a antiga União Soviética, ele discutia com seu staff dentro do banheiro, com a água correndo, porque tinha receio de estar sendo grampeado. Ele colocava microfones escondidos para captar conversas de gente como Franz Beckenbauer.
Enfim, Dassler seria o nome ideal para um filme sobre crimes econômicos. Quando morreu com apenas 51 anos, em 1987, tinha criado um novo mundo de líderes corruptos do esporte. E seu negócio original, a Adidas, acabou sendo negligenciado e sofreu um declínio que a levou a um período de dificuldades.
Havelange e Blatter não existiriam tal qual os conhecemos se não fosse Dassler? Em outras palavras, eles acumulariam tanto poder e fortuna sem a influência do empresário?
Blatter certamente não existiria, ele foi um dos rapazes pinçados da turma de Dassler. E Havelange não teria vencido sua primeira eleição para a presidência da Fifa, em 1974, contra Stanley Rous se Dassler tivesse apoiado o dirigente britânico.
Sem ele, Havelange não teria conseguido se manter no topo, fortalecido. Ele precisava do dinheiro que Dassler obtinha dos negócios para estabilizar a Fifa e aumentar seu próprio poder.
Os atos de corrupção são evidentes na Fifa tanto na gestão de Havelange quanto na de Blatter. Em qual deles, a ganância era maior?
A ganância e a vaidade são doenças que se tornam piores com o passar do tempo. Ao longo de décadas, esses dirigentes descobriram que podiam fazer praticamente tudo nesse vácuo de legalidade que é o mundo do esporte. Sabiam que não seriam pegos. Assim, é natural que a ganância só cresça, é a lei da natureza. Mas esta é uma questão sobre quantidade, não sobre qualidade.
Havelange morreu em agosto deste ano e foram raras e discretas as manifestações de pesar por parte de dirigentes e organizações esportivas. A que o senhor atribui esse comportamento?
Os camaradas fazem negócios obscuros juntos, tratam-se como amigos ou mesmo familiares, abraçam-se e beijam-se sempre quando se encontram. Mas quando um deles entra em declínio logo descobre que não há, de fato, amigos nesse mundo do esporte, não há laços reais nessa “família”.
Quando morreu, o nome de Havelange já estava arruinado, era notório que ele tinha ganho muito dinheiro e teve que deixar a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional. Qualquer um que se aproximasse dele poderia ficar marcado como corrupto. Nos últimos anos, ninguém precisava mais de Havelange para levar os seus planos adiante. Simples assim. Soa brutal, mas é a verdade.
Essa estrutura da Fifa conseguiu se manter distante de ameaças por pelo menos quatro décadas. O que explica tamanha letargia para uma investigação?
São muitos os problemas. O principal é a estapafúrdia autonomia do esporte. Essa é uma característica realmente nonsense, que vem do tempo em que o esporte era dominado por atletas amadores. Naquela época, essa autonomia se justificava -no esporte amador, ainda se justifica. Mas não faz sentido no esporte com fins comerciais, que movimenta mais dinheiro que Hollywood e a indústria da música juntos. A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos se tornaram eventos que faturam bilhões de dólares.
Imagine se a Petrobras não pudesse ser acompanhada por investigadores da polícia, por promotores. Você sabe que existem problemas de corrupção envolvendo políticos e diretores da empresa, mas são eles próprios, os homens de dentro, os responsáveis por esclarecer esses casos. Seria uma piada absurda.
Além disso, há fortes motivos para que a Fifa e o COI estejam sediados na Suíça. O país fez de tudo por um longo período para abrigar as principais federações esportivas. Ofereceu isenção de impostos e uma Justiça muito, muito frouxa.
Outro problema é a natureza transnacional do esporte. A partir do momento que o dinheiro atravessa fronteiras, é difícil determinar qual autoridade ficará responsável por monitorar essa movimentação. Por isso, é preciso que haja uma força policial capaz de cruzar quase todas essas fronteiras. Com essa escala global, há só uma, o FBI.
Essa polícia dos EUA começou a investigar a Fifa antes de 2010, mas esse é um trabalho que leva tempo até que se possa escavar uma conspiração financeira de proporção global. O trabalho está em andamento, cuidadosamente, o que é um bom sinal.
O senhor acredita que a investigação do FBI vai continuar, com novas prisões?
Sim. É um longo caminho para alcançar o centro das articulações criminosas em torno da Fifa. E, claro, no fim, não irão para a cadeia apenas poucos dirigentes do Paraguai e da Bolívia. Blatter, Jack Warner [ex-presidente da Concacaf], Jeffrey Webb [também ex-presidente da Concacaf], Jerome Valcke [ex-secretário-geral da Fifa] e alguns outros são os principais personagens, são aqueles pelos quais a Justiça norte-americana está procurando. E ainda Ricardo Teixeira, que aparece entre os indiciados, próximo do nome de José Maria Marin, que já está passando sua temporada nos EUA.
Em julho do ano passado, dois meses depois da prisão de dirigentes em meio ao congresso da Fifa, o senhor disse que a entidade poderia desaparecer em dois, três anos. Ainda acredita nisso?
Sim, acredito que, ao fim do processo, a Justiça dos EUA vai aplicar uma multa tão alta à Fifa que a entidade terá que fechar as portas. É possível facilmente criar uma outra federação, que esteja ainda mais bem preparada para organizar uma Copa do Mundo. Temos à disposição tudo o que é preciso: conhecimento, dinheiro, interesse do público. O que falta ao futebol do nosso tempo é gente decente para conduzi-lo. Poderia, por exemplo, ser criada uma nova organização no âmbito da ONU.
Qual a sua opinião sobre o atual presidente da Fifa, Giannni Infantino?
Ele não apenas vem da mesma região de Blatter, na Suíça [Blatter nasceu em Visp e Infantino em Briga-Glis, cidades que ficam na região de Valais, no sul da Suíça]. É um homem que vem de um velho sistema e que está apenas incorporando novas pessoas. Evidentemente, a Fifa precisa dar por superados dirigentes como Infantino.
Em seu livro, o senhor diz que é incomum que a imprensa esportiva acompanhe o futebol com o rigor jornalístico que seria necessário. Por que isso acontece?
Jornalistas esportivos formam um grupo profissional bastante particular. Muitos deles não possuem uma formação adequada, não estão à altura do nível de exigência que se espera deles hoje em dia. Nas décadas passadas, bastava aos jornalistas de esporte entender sobre pênalti, impedimento ou escanteio.
Hoje isso é insuficiente. É preciso saber lidar com casos de corrupção e doping, revelando-os ou ao menos os acompanhando, além de temas políticos de modo geral. O universo do esporte integra uma sociedade global, mas possui uma autonomia [ele se refere, por exemplo, à legislação própria].
É justamente essa a razão pela qual seria ainda mais importante a existência de uma imprensa crítica, independente, íntegra. São poucos os jornalistas que cumprem essa função.
No esporte, há muitos jornalistas que são apenas fãs. Enquanto esse tipo de repórter estiver acompanhando o noticiário esportivo, os bandidos do futebol podem se sentir seguros.
Como um alemão que gosta muito de futebol, o que o senhor achou do 7 a 1?
Eu estava no Mineirão naquele dia. Fiquei chocado por duas razões. Primeiro, a Seleção [é assim que Kistner se refere à equipe brasileira, Seleção, em português mesmo e em letra maiúscula] sempre foi o time do meu coração, embora eu seja alemão. Eu viajo ao Brasil com frequência, sou apaixonado pelo país.
Mas eu também estava chocado porque vi algo que nunca havia vivenciado em centenas de jogos anteriores. Nem naqueles que acompanhei como repórter nas Copas desde 1990, nas edições da Liga dos Campeões ou no Campeonato Alemão. Nem mesmo nos jogos de que participei nas ligas amadoras alemãs. Eu nunca vi um time inteiro em colapso como aquele.
Depois de chegar ao 5 a 0, os alemães pisaram no breque. Eles sentiram que poderiam destruir um torneio inteiro se tivessem concluído o primeiro tempo com um 9 a 0 ou um 10 a 0. E um resultado assim parecia perfeitamente possível naquelas circunstâncias.
Os jogadores alemães estavam espantados com o que havia acontecido, eles não celebraram. Muitos definiram aquele jogo como a experiência mais estranha que tiveram. Eu me assustei, assim como outros jornalistas, porque parecia que os jogadores da Seleção tinham perdido o controle de suas ações.
Como jornalista, vejo esse episódio de um modo fascinante porque há uma experiência paralela.
Me lembro de Ronaldo cambaleando na final da Copa de 1998 contra a França. Nunca houve uma final de Copa com um predomínio tão evidente de um dos lados como naquele 3 a 0. E nunca um time teve um desempenho tão frágil numa semifinal de Copa como o Brasil no Mineirão. Como isso aconteceu? O que ocorreu antes desses jogos?
De qualquer modo, no fundo do meu coração, eu fiquei feliz quando, em agosto deste ano, eu vi a seleção vencer a medalha de ouro no estádio do Maracanã. A seleção definitivamente merecia isso.

ALEMAO

terça-feira, 11 de outubro de 2016

BOA ESPORTE CONQUISTA VAGA NA SÉRIE B DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2017

Por: Dr. Julio - 11 de Outubro de 2016 - 18:00
Lane Gaviolle Tombense (Foto: Bruno Ribeiro)
PRESIDENTE DO TOMBENSE

Ney da Matta deixou o comando do Boa Esporte no último domingo (7) (Foto: Régis Melo)Ney da Matta  ( DEMITIDO DA EQUIPE DO TOMBENSE )
O Boa Esporte venceu o Botafogo-PB, por 1 a o,  em Varginha, e conquistou a sua vaga na Série B do Campeonato Brasileiro de 2017. Depois do empate, sem gols, no primeiro jogo, na Paraíba, os comandados do técnico Ney Da Mata chegaram ao gol da classificação nos acréscimos de um jogo emocionante no Estádio Dilzon Melo.

Debaixo de um sol forte, no Sul de Minas, Boa e Botafogo fizeram um primeiro tempo equilibrado. Com duas bolas na trave, uma para cada lado, e um desgaste físico visível por causa calor, os jogadores deixaram o campo sem marcar na primeira etapa. Depois da conversa com os treinadores, voltaram dos vestiários com a obrigação de fazer o gol da classificação no tempo normal, se não quisessem partir para o esgotamento dos pênaltis.

As chances apareciam dos dois lados, o jogo chegava ao fim e a pressão só aumentava. Foi aí que Gênesis, mais descansado por ter entrado somente no segundo tempo, recebeu a bola de fora da área e chutou como uma bomba contra as metas paraibanas. Era o gol da classificação, conseguido nos acréscimos, e que levou à loucura os torcedores presentes no Dilzon Melo.

Com a vitória sobre o Botafogo-PB, o Boa Esporte chegou a 12 jogos sem perder na Série C. Durante esse período, sofreu apenas um gol, e agora vai em busca do título. Seu próximo compromisso é a semifinal, contra o Juventude.
Boa Esporte 1x0 Botafogo/PB
Estádio: Dilzon Melo - Varginha – MG
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira - SP (FIFA)
Árbitro Assistente 1: Emerson Augusto de Carvalho - SP (FIFA)
Árbitro Assistente 2: Marcelo Carvalho Van Gasse - SP (FIFA)
Quarto Árbitro: Ronei Candido Alves - MG (CBF-3)
Gol: Genesis, aos 4’ de acréscimo do 2T
Público: 3.905
Renda: R$ 52.225,00

Boa Esporte: 1-Daniel, 2-Leonardo, 3-Edson, 4-Bruno, 5-Jonata, 6-Romano, 7-Rodolfo, 8-Itaqui, 9-Braian (19-Genesis, aos28’2T), 10-Tcho (Daniel, aos 11’2T) e 11-Felipe (18-Radamés, aos 42’2T). Técnico: Ney Da Mata.

Botafogo/PB: 1-Michel Alves, 2-Gustavo, 3-Plínio, 4-Marcelo, 6-David (19-Jefferson, aos 28’2T), 7-Val (17-Henik, aos 16’2T), 8-Pedro, 9-Rodrigo, 10-Marcio, 11-Carlinhos e 15-Índio (20-Willian, aos 43’2T). Técnico: Itamar Shulle.

Cartões amarelos:
Boa: Daniel, Rodolfo, Romano e Genesis.
Botafogo/PB: David, José Gustavo e Marcio.

MOMENTO BOM PARA FALAR DAS MAZELAS DO NOSSO FUTEBOL!!!

Por: Dr. Julio - 11 de Outubro de 2016 - 16:402016 
ITAQUERAO
O estádio paulista para a Copa de 2014 seria o Morumbi, mas o então presidente do Corinthians (Andrés Chances) entrou na parada, teve como aliados os então poderosíssimos presidente da república (Lula), da CBF e do Comitê Organizador da Copa (Ricardo Teixeira), e agora a Operação Lava Jato está desvendando tudo.
Notícia na capa da Folha de S. Paulo:
* “Caixa socorreu Odebrecht no estádio do Corinthians com R$ 350 milhões”
A Odebrecht fez uma transação sigilosa com a Caixa Econômica Federal em 2014 para cobrir um buraco milionário para construção da Arena do Corinthians, palco da abertura da Copa no Brasil.
O dinheiro, gasto pela empreiteira no estádio, não tem prazo para retorno. Para ajudar a Odebrecht a recuperá-lo, o banco estatal comprou debêntures emitidas pela empreiteira no valor de ao menos R$ 350 milhões.
Debêntures são títulos de crédito lançados ao mercado para captar recursos. Na prática, funciona como um empréstimo. A Odebrecht terá que devolver esse recurso à Caixa com juros.
O ex-presidente do Corinthians e atual deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), que participou do projeto de construção da arena, confirmou à Folha a transação, mas disse que não comentaria o negócio porque o acerto foi feito entre a Caixa e a Odebrecht, sem envolver o clube.
Em 2014, a Odebrecht fez uma única emissão de debêntures, com valor próximo do socorro da Caixa, com vencimento em 2021, segundo pesquisa feita pela reportagem.
A empreiteira foi contratada pelo Corinthians em 2011 para erguer o estádio. Pelo plano original, um financiamento do BNDES no valor de R$ 400 milhões seria utilizado para bancar parte da obra.
O restante seria quitado com R$ 420 milhões em créditos cedidos pela Prefeitura de São Paulo –os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs).
O financiamento do BNDES, feito via Caixa, só saiu em março de 2014 e um impasse surgiu em relação aos CIDs: uma ação judicial questionou a validade do benefício municipal. Isso espantou os poucos empresários interessados em comprar os certificados, mesmo com o atrativo de descontá-los do pagamento de impostos.
PRESSÃO
A Odebrecht, mesmo sem os recursos, concluiu a obra a tempo da abertura da Copa. Ou seja, com o estádio entregue e em uso, já com o dinheiro recebido do BNDES, havia ainda um buraco de R$ 420 milhões decorrente do impasse em torno das CIDs.
Foi aí que a Caixa decidiu comprar os papéis da Odebrecht. Segundo a Folhaapurou, a operação foi estruturada porque a arena não tinha garantias suficientes para recorrer a outro banco.
Marcelo Odebrecht, então presidente da companhia, atuou diretamente para agilizar os empréstimos e pressionou a Caixa para que o dinheiro fosse liberado com poucas garantias.
O executivo está preso em Curitiba há um ano e quatro meses e foi condenado a 19 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro descobertos pela Operação Lava Jato.
INADIMPLÊNCIA
Antes de comprar as debêntures que ajudaram no financiamento da obra do Itaquerão, a Caixa Econômica Federal aceitou ser o banco repassador do empréstimo de R$ 420 milhões feitos pelo BNDES ao fundo de investimento imobiliário criado por Corinthians e Odebrecht.
O clube começou a pagar as parcelas do financiamento em julho de 2015. As mensalidades de cerca de R$ 5 milhões deixaram de ser quitadas no último mês de março.
Neste momento, o clube está inadimplente, com a permissão do banco público. O Corinthians tenta ampliar a carência acertada de 17 meses que venceu em 2015.
O clube argumenta que outras arenas da Copa do Mundo de 2014 tiveram um período maior, de 36 meses. A Caixa pede mais garantias para conceder tempo ampliado para o pagamento das parcelas.
Considerando o aumento do preço da obra e despesas com instalações temporárias para o Mundial, o estádio custou R$ 1,2 bilhão.
Se mantiver o pagamento da dívida no prazo estipulado, o Corinthians terá desembolsado ao menos R$ 1,64 bilhão, em valores atuais, considerando os juros, como revelou a Folha em julho.
PADRINHO
Desde início do plano para a execução da obra que levantaria o estádio do Corinthians, o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Caixa Jorge Hereda foram entusiastas do projeto.
Em uma das fases da investigação da Lava Jato, a Polícia Federal encontrou menção a um pagamento da Odebrecht para um vice-presidente do Corinthians.
Desde então, o Itaquerão entrou na mira da PF.
OUTRO LADO
A reportagem procurou a Odebrecht e a Caixa Econômica Federal e enviou perguntas específicas sobre a emissão e compra das debêntures. Por meio de sua assessoria, a instituição financeira pública informou que as operações envolvendo a Arena Corinthians são protegidas por sigilo bancário. Por isso, afirmou que não iria se manifestar sobre o caso.
A assessoria de imprensa da construtora Odebrecht informou que, neste momento, não iria se pronunciar sobre a operação no estádio.
A empresa e seus executivos negociam um acordo de leniência e de colaboração com a força-tarefa da Lava Jato, que prendeu diretores e o ex-presidente da companhia.