quinta-feira, 30 de abril de 2020

AMÉRICA, 108 ANOS

Por: Dr. Julio - 30/04/2020 - 14:37
A beleza dos uniformes do América sempre foi destaque também. O mais famoso, este do time campeão de 1971, de listras verde-abacate. . .
. . . mas este, quase branco, de um verde-abacate bem claro, era fantástico e não entendo porque o clube ainda não o resgatou.
Essa foto, tem o saudoso cantor Jair Rodrigues, sentado. Ele devia ser amigo de algum jogador. 
O site da CBF conta alguns fatos interessantes do América no contexto do nosso futebol. 
* “América quebra hegemonia em Minas em 1971”
Em 1971, América Futebol Clube, campeão invicto, quebra a hegemonia que Atlético e Cruzeiro dividiam em Minas Gerais.
Atlético (43) e Cruzeiro (38) são os maiores campeões estaduais de Minas Gerais. O terceiro colocado, o América Futebol Clube, foi campeão 15 vezes e é dono de um recorde até hoje não batido: foi decacampeão, de 1915 a 1925.
Desde o fim dos anos 1950, no entanto, a hegemonia já era dividida entre Atlético e Cruzeiro. Notadamente, em meados dos anos 1960, com o advento do Mineirão, o Cruzeiro montou um time talentoso que reuniu craques como Raul, Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes e Tostão. Não por acaso conseguiu o pentacampeonato em 65/66/67/68/69.
Em 1970, o Atlético impediu o hexacampeonato dos cruzeirenses, mas, no ano seguinte, o América surgiu como intruso na galeria dos vencedores. O que já poderia ter acontecido em 1964, quando na derrota na decisão perdeu o título para o Siderúrgica.
Mas, em 1971, o campeonato não escapou. E veio com uma campanha expressiva, com 16 vitórias, seis empates e nenhuma derrota – campeão invicto. O atacante Jair Bala, com 14 gols, foi o artilheiro da competição. Ele já tinha sido o artilheiro do Campeonato Mineiro em 1964, com 25 gols.
Tendo como técnico Henrique Frade, ex-atacante do Flamengo que jogou também na Seleção Brasileira, o América usou a seguinte equipe base para conquistar o título em 1971: Élcio; Misael, Vander, Café e Cláudio; Pedro Omar e Dirceu Alves; Hélio, Amauri Horta, Dario e Jair Bala.

FUTEBOL AINDA SEM PREVISÃO DE DATA PARA RECOMEÇAR

Por: Dr. Julio - 30/04/2020 - 14:33
Dr. Estevão Urbano
Inimaginável uma situação dessas, não é? Já pensou que algum dia na vida você viveria isso? Recomendações pra não sair de casa, atividades comerciais, escolares e etecetera e tal paradas, bares, restaurantes, fechados e ainda sem futebol. Pois é! No início parecia que estávamos em um sonho, pesadelo, que passaria rápido. Mas era e é real. Tomara que já já possamos começar retornar a vida cotidiana. Normalidade mesmo, vai levar um tempão.
Na Europa, a França e a Holanda já disseram que seus campeonatos não terão sequência. A Itália e outros países podem anunciar a mesma medida a qualquer momento. Aqui, quem sabe, junho ou julho, mas. . . ninguém sabe, ninguém tem certeza de nada.
Enquanto isso, o ideal é seguir o que dizem os especialistas da saúde. Como fez o Thiago Nogueira, para o Super FC, edição de hoje. Entrevistou uma das maiores autoridades brasileiras do assunto, Dr. Estevão Urbano, que inclusive gosta muito de futebol:
* “Infectologista vê confinamento e testes como requisitos pra futebol voltar em MG”
Retorno não é indicado neste momento, mas poderia acontecer com medidas preventivas e jogos sem público; CBF sugeriu retorno em maio, mas FMF e Estado ainda estudam protocolo
Por Thiago Nogueira
Enquanto o Brasil vive seu pior momento na combate à pandemia do novo coronavírus, com o aumento no número de casos e mortes diárias, CBF, federações e clubes começam a discutir possibilidades de retomada do futebol. A confederação sugeriu a volta dos campeonatos estaduais a partir de 17 de maio, mas isso depende do cenário e das autoridades de saúde locais.
Para o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), esta ainda não é a hora para o retorno de treinos e torneios.
“Estamos vivendo um momento de aumento do pico no Brasil inteiro. Vamos estar jogando as pessoas para o campo quando o surto está em picos maiores, o que sugeriria uma incoerência. Quando a coisa está piorando, você libera o campeonato. Neste momento, é inadequado e tem que ser feito com a máxima segurança se ele for realizado. Se possível, não fazê-lo também, mas se fazê-lo, com todas as medidas de segurança”, pondera o especialista.
Para a volta do futebol no cenário em que vivemos hoje, além de realizar jogos sem público e adotar medidas preventivas, como higienização e uso de máscaras por profissionais do entorno do campo de jogo, Urbano aponta duas situações que seriam de extrema importância: o confinamento dos atletas em competição e a testagem de todos periodicamente, entre 48h e 72h antes das partidas.
“Do ponto de vista ideal, você teria que unir as duas coisas, mantê-los confinados e a disponibilidade de teste, pelo menos, uma vez por semana para todos os jogadores, para garantir que nenhum deles esteja transmitindo internamente. O confinamento mais a testagem seria uma alternativa mais segura a meu ver”, ressaltou.
O Brasil não tem ainda uma vasta rede consolidada para a testagem em massa da população, mas, para o infectologista, seria possível realizá-los com frequência em grupos de atletas.
A federação, os clubes, precisariam fazer contratos com os laboratórios e garantir essa testagem. Isso tudo precisaria já estar organizado, com certeza de cumprimento, para se adequar a proposta, o contrário, não teria como se fazer um campeonato. Todas as garantias precisariam ser cumpridas para se pensar em fazer os jogos, isso, para começar a discutir. Do ponto de vista da quantidade de testes, eu acho que é viável, de 200 a 300 testes por semana seria possível conseguir logística pra isso. Se não conseguir, não tem jeito, na minha opinião”, analisa.
Neste primeiro momento, a retomada do Campeonato Estadual é algo mais próximo de se avaliar. Um torneio nacional, como o Campeonato Brasileiro, ou mesmo, internacionais, como a Libertadores, seriam uma temeridade muito maior. ” Neste momento, ainda é prematuro, principalmente por causa das viagens, dos deslocamentos de hotel e aeroporto, principalmente em locais de alta transmissão, como Rio e São Paulo. É uma exposição alta dos jogadores. Regionalmente você tem menos riscos. Você analisa o cenário de Belo Horizonte, que ainda é confortável, não que seja zero, mas é um risco menor”, explica.
Em Minas, a Federação Mineira de Futebol (FMF) já vem discutindo a possibilidade de retomada do futebol com o Centro de Operações de Emergências em Saúde (Coes), estrutura criada pelo governo do Estado para dar respostas coordenadas às ações de combate à Covid-19. “Estamos discutindo a formatação de um possível protocolo. Nem estamos cogitando (a volta do futebol) nesse momento, é mais pra frente mesmo”, explica o presidente da FMF, Adriano Ano.
Membro do Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 da PBH, Estevão Urbano tem sua opinião formada como especialista na área, mas que ainda não há um consenso sobre no grupo de trabalho epidemiológico. Com outros pontos mais urgentes da pandemia a tratar, o prefeito Alexandre Kalil ainda não solicitou um parecer sobre a retomada ou não do futebol na capital.

terça-feira, 28 de abril de 2020

PRESIDENTE DA FMF PROJETA RETORNO DOS JOGOS EM JUNHO

Por: Dr. Julio - 28/04/2020 - 15:28
O presidente da Federação Mineira de Futebol, projetou o retorno das competições em Minas Gerais em junho, com a volta dos clubes aos treinamentos a partir de maio. Adriano Aro garantiu que tudo está sendo feito de acordo com as autoridades de saúde, com um plano de ação que leva em conta a saúde e a segurança de jogadores, comissões técnicas e demais pessoas envolvidas. A princípio, os jogos serão disputados sem a presença do torcedor, para que se evitem aglomerações, medida importante para o combate à pandemia do coronavírus.
Aro disse que a FMF e as autoridades de saúde estão trabalhando em um protocolo para proteger os atletas em campo da contaminação do coronavírus, já que as partidas serão sem a presença do torcedor.
“O retorno do futebol em Minas depende da sinalização positiva por parte dos órgãos de saúde e das autoridades sanitárias. Nada será feito sem levar em consideração quais são as medidas de segurança necessárias para termos a prática do esporte de uma forma segura e responsável”, garantiu o presidente da FMF, que desde quando foi paralisado o futebol, defendeu a conclusão dos Módulos I e II para que tanto os campeões, os rebaixamentos e outras definições, acontecem dentro das quatro linhas.
A entidade prepara o plano de ação, com treinos em maio e jogos em junho, com o acompanhamento de uma comissão médica tanto para elaborar o protocolo de ações, quanto ao acompanhamento das medidas.
Adriano Aro disse também que “o diálogo está em andamento, a federação vem preparando material para apresentar ao governo e estamos otimistas em conseguir a volta das partidas de futebol em Minas Gerais, em um futuro muito breve.”
Módulo I
O Campeonato Mineiro do Módulo I teve nove rodadas disputadas, faltando mais duas para o encerramento da primeira fase. A URT jogará contra o Cruzeiro em Belo-Horizonte e o América em Patos de Minas e não corre risco de rebaixamento e também não pode chegar entre os quatro primeiros. O Trovão Azul ainda tem chance de vaga na Série D do ano que vem e vaga no Trofeu Inconfidência.
América (21), Tombense (20), Atlético (18) e Caldense (17) são os quatro primeiros. Cruzeiro (14) e Patrocinense (12) ainda têm chances de chegaram no G4, visando à semifinal e à final.
Villa Nova (4) e Tupynambás (3) são os dois últimos colocados e ameaçados de rebaixamento. Matematicamente, Coimbra (7) e Boa (8) também correm riscos de queda.
Módulo II
O Campeonato Mineiro do Módulo II está bem distante de ser finalizado. Ainda restam cinco rodadas pela primeira fase. Na sequência, os quatro primeiros colocados jogarão a fase final, em partidas de ida e volta. O Mamoré ainda terá, na fase classificatória, três jogos fora de casa e dois em Patos de Minas. No Estádio Bernardo Rubinger, o Sapo receberá o Serranense e o Democrata de Sete Lagoas e terá que viajar para enfrentar o Pouso Alegre, Nacional de Muriaé e Tupi de Juiz de Fora.
Depois de sete rodadas disputadas, ocupam as quatro primeiras posições: Pouso Alegre (16), Nacional de Muriaé (11), Athletic Clube e Guarani (10). Os dois últimos são CAP Uberlândia (4) e Mamoré (3) e são os mais ameaçados pelo rebaixamento.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

AS MAIORES GARFADAS DO FUTEBOL

Por: Dr. Julio - 27/04/2020 - 11:55

   HISTÓRIA DO FUTEBOL - II

Todos que gostamos de futebol temos na memória as maiores “garfadas” que já vimos, principalmente contra o nosso time. O árbitro erra como qualquer ser humano em qualquer atividade, mas assim como tal, há erros de verdade e os premeditados. Muito difícil saber em que situação há desonestidade ou infelicidade na decisão do sujeito, ali na hora. E sempre me vem à memória a frase do Walter Clark, ex-todo poderoso da Globo, que, falando da sua experiência como vice-presidente do Flamengo nos anos 1980, disse no livro autobiográfico “O Campeão de Audiência”: “quem pensa que não se compram mais árbitros de futebol está redondamente enganado”.
Até aqueles jogos decisivos entre Atlético x Flamengo em 1980/1981, eu tinha na cabeça, desde criança, a final do Brasileiro de 1974, Vasco campeão, com a ajuda fundamental do Armando Marques, tido na época como o melhor árbitro do país. Foi uma vergonha o que ele fez com o Cruzeiro, ao anular o gol do Zé Carlos, de cabeça, aproveitando um cruzamento da linha de fundo. Armando Marques nunca deu explicações sobre o lance. Pouco antes de morrer (16 de julho de 2017, aos 84 anos), numa rara entrevista sobre o assunto, disse apenas que estava bem com a consciência dele e que nem se lembrava do lance: “Já apitei mais de mil partidas. Você acha que eu vou lembrar de um jogo em 1974?. Os críticos falam o que eles querem… Eu fico com a minha consciência. Eu não dou bola para eles…Eu não me arrependo de nada. Eu sou kardecista. Nós não temos ciúmes, nem ódio, nem nada disso no coração…”. Neste jogo ele anulou um do gol do Vasco também, motivo de reclamações dos vascaínos até hoje (https://www.supervasco.com/noticias/morre-arbitro-que-anulou-gol-legal-do-vasco-na-final-do-brasileiro-de-1974-205506.html), mas o que fez com o Cruzeiro, no fim da partida, foi um absurdo.
Depois, já repórter, e tendo a honra e o prazer de estar presente, vi de perto, José de Assis Aragão, José Roberto Wright, Romualdo Arpi Filho e Carlos Sérgio Rosa Martins, operarem o Atlético de forma escandalosa. O paulista Aragão e o carioca Wright, de forma acintosa, clara. Já o também paulista Romualdo e o gaúcho Rosa Martins, mais discretos, porém, provocadores de danos igualmente fatais e irreversíveis. Rosa Martins arrebentou com o Galo, como bandeirinha e passa despercebido da memória da imprensa e da torcida atleticana até hoje.
No primeiro jogo da final do Brasileiro de 1980, no Mineirão, diante de 90.028 pagantes, o Galo precisava fazer uma boa diferença no marcador para jogar por um empate no jogo da volta, no Rio. Mas Romualdo Arpi Filho, escalado estrategicamente pela CBF, não deixou a bolar rolar. Aliás, uma característica dele, de apitar tudo, mesmo que fosse uma falta aparente, parando o jogo a todo instante, beneficiando sempre quem precisava empatar ou perder de pouco. Era chamado pela imprensa de juiz “coluna do meio”, o “Rei dos empates”. O jogo ficou só no 1 a 0, e o Flamengo só se defendendo, No Maracanã, com 154.355 pagantes. José de Assis Aragão, dentre outros absurdos, expulsou Reinaldo, que havia marcado dois gols na partida e jogava machucado. Eram 23 minutos do segundo tempo, 2 a 2 no placar, o Galo no ataque, com chances de fazer o terceiro gol, e Rosa Martins marca de forma inacreditável um impedimento inexistente do Rei, prontamente apitado por Aragão. Aos 37, Nunes fez 3 a 2 para o Flamengo, que conquistava ali o seu primeiro título nacional.
Interessante é que consultando a ficha de jogos no Google, só aparece o nome do apitador, na maioria das partidas mais antigas. Só consegui lembrar que o co-autor dessa aprontação foi o Carlos Sérgio Rosa Martins, graças a um vídeo que me foi enviado pelo jornalista Eduardo Ávila, da transmissão da Band deste jogo, com narração do Fernando Solera.
Romualdo Arpi Filho (esq.) e Carlos Sérgio Rosa Martins em um Peru x Argentina, pelas eliminatórias da Copa de 1982. Rosa Martins entrou para a história como um dos maiores árbitros do Rio Grande do Sul, recordista no apito do Gre-Nal, 27 clássicos. Está com 81 anos de idade, mora em Porto Alegre, onde é corretor de imóveis.
Em janeiro de 2012, Carlos Sérgio Rosa Martins ao lado de Milton Neves, no Mercado Municipal de Porto Alegre, em foto do Marcos Júnior, publicada pelo Milton no portal Terceiro Tempo,
Em dezembro de 2012 postei aqui no blog esta foto, que valeu Prêmio Esso ao autor, José Santos (O Globo), do Armando Marques sendo chutado pelo então diretor de futebol do Botafogo, o ex-lateral Nilton Santos, depois de um jogo contra o Atlético no Maraca

HISTÓRIA DO FUTEBOL I

Por: Dr. Julio - 27/04/2020 - 11:45
Hoje é 27 de abril. A cada ano, é importante lembrar do maior roubo da história do futebol. O dia em que um cidadão veio lá da Argentina para estuprar a Portuguesa na semifinal do Paulistão de 98, inventando um pênalti bizarro para o Corinthians aos 48min do segundo tempo. No “Sincerão”, eu chamei de “maior roubo da história” e, claro, isso virou polêmica. Os corintianos ficaram bravos, torcedores de tantos times lembraram outros assaltos. Gente, nunca haverá acordo em relação a isso e, nestas horas, a paixão vai ser falar muito, muito, muito mais alto do que a razão. Talvez não estivesse no Morumbi determinado a classificar o Corinthians. Mas estava em campo determinado a aparecer. Como sempre. E acabou operando a Portuguesa, no que se tornou, sim, a arbitragem que gerou maior comoção na história do futebol brasileiro. Porque foi contra um clube que tinha zero rejeição, muito pelo contrário, em benefício de outro que tem, por ser tão popular, uma enorme rejeição. As pessoas “neutras”, nem torcedores do Corinthians nem da Portuguesa, ficaram verdadeiramente indignadas. É claro que já teve muito roubo no futebol. Roubo no sentido metafórico e roubo de verdade mesmo. Mas todos tiveram uma segunda (ou terceira ou quarta ou quinta) chance. O Galo, que lembra daquele jogo contra o Flamengo, seria campeão da Libertadores mais tarde. Itália e Espanha, roubados contra a Coreia em 2002, seriam campeãs das duas Copas seguintes. O próprio Corinthians, prejudicado por Amarilla contra o Boca, vai longe na Libertadores novamente. O Inter, prejudicado em 2005, ganharia duas Libertadores depois daquilo. O Santos, roubado em 95, seria campeão brasileiro duas vezes depois. A Alemanha, prejudicada em 66, ganhou três Copas depois daquilo. Só usando um punhado de exemplos. Enfim, clubes grandes vão sempre continuar jogando por títulos. Vão perder roubado aqui, ganhar roubado ali. Vão chorar um dia, sorrir no outro. A Portuguesa, não. O roubo de Castrilli não foi o roubo de um jogo, de uma final. Foi o roubo para sempre. Um roubo sem chance de recuperação, pois era último o lance da partida. E sem chance de redenção do lesado. Foi um roubo definitivo, absoluto. Foi o roubo que selou o destino do clube. Ele tirou da Lusa e dos lusitanos uma chance que eles nunca mais teriam, nunca mais tiveram e nunca mais terão.
Nunca um árbitro prejudicou tanto um time. Na história.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

EX- DIRIGENTE DO CRUZEIRO ACREDITAVA EM BRUXARIAS

Por: Dr. Julio - 24/04/2020 - 14:04
Colegas mais velhos da imprensa, ex-jogadores e ex-dirigentes  contam que o maior presidente do Cruzeiro, Felício Brandi, além de conhecedor de futebol, acreditava em bruxarias e não raramente contratava “pais de santo” para ajudar o time a vencer. Mas, com os jogadores que tinha (Raul, Piazza, Zé Carlos, Natal, Tostão, Dirceu Lopes, Nelinho, Joãozinho, Palhinha, para citar “apenas” alguns), até eu seria um exímio “pai de santo”.
Porém, quando se tem um grupo comum de jogadores, e se recorre ao sobrenatural, danou. Está na mídia nacional mais uma dessas que a maioria das pessoas imaginava que pertencesse só às histórias do folclore do futebol brasileiro: dirigente de clube recorrendo a “pai de santo” para conseguir resultado. Se fosse sobre uma possível armação com arbitragens, até daria para pensar na possibilidade, mas “pai de santo”!!!
Pois é! Um desses “babalorixás” pôs a boca no mundo reclamando que o Zezé Perrella lhe pagaria R$ 10 mil para segurar o Cruzeiro na Série A, mas que só pagou seis e que ficou faltando a parcela final. Só faltou dizer que não segurou o time porque o dinheiro restante não chegou a tempo.
Pior é que deve ter muito torcedor por aí, de todos os times, acreditando que se tivesse sido feito o pagamento integral a queda não ocorria.
Notícia do Uol:
* “Cruzeiro contratou pai de santo para evitar queda, mas não pagou R$ 4 mil “
O Cruzeiro contratou Reginaldo Muller Pádua, um babalorixá (conhecido popularmente como pai de santo), com endereços em Guarapari (ES) e Itabira (MG), para ajudar na luta contra o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2019. Pelos serviços, foram cobrados R$ 10 mil, mas o clube pagou apenas R$ 6 mil ao homem de 58 anos em três parcelas, entre 16 de outubro e 28 de novembro. O restante da quantia (R$ 4 mil) ainda não foi pago ao responsável pelo trabalho.
O UOL Esporte teve acesso aos documentos que comprovam o pagamento do montante a Pádua. A primeira transferência, no valor de R$ 2,5 mil, ocorreu às 15h36 (de Brasília) do dia 16 de outubro de 2019, por meio de contas da Caixa Econômica Federal. O processo foi repetido às 14h26 de 13 de novembro, mas a transferência bancária foi de R$ 3 mil. O clube ainda pagou outros R$ 500 em 28 de novembro, em operação realizada às 11h56.
Os pagamentos ao pai de santo foram autorizados por Benecy Queiroz, chefe do departamento técnico do clube. O documento obtido pelo UOL Esporte é datado em 16 de outubro de 2019, assinado pelo dirigente e endereçado a uma integrante do departamento financeiro.
“Conforme nossos entendimentos e considerando os serviços prestados pelo Sr. REGINALDO MULLER PÁDUA ao Cruzeiro Esporte Clube em Brasília, solicitamos a fineza, de que seja pago ao mesmo, a importância de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).”
O dirigente confirma o fato ao UOL Esporte: “É um serviço religioso realmente que foi prestado na época do Zezé Perrella, entendeu? Foi o Zezé quem solicitou”. Benecy, no entanto, não sabe dizer se houve o pagamento integral da dívida com o babalorixá. “Foi mandado para pagar. Isso [se foi pago], eu não sei. Foi para o financeiro. Tem que ver com o financeiro, se pagou. Eu realmente não sei se pagou ou não”. Também procurado pela reportagem, Reginaldo Muller Pádua falou sobre o tema: “Ficou entre eu e ele [Zezé Perrella], como isso chegou até você, não sei. Realmente, eles não mandaram para mim os R$ 4 mil, mandaram só R$ 6 mil. Quem vai poder falar direitinho é o [Zezé] Perrella”.
“O senhor Wagner [Pires de Sá, então presidente da Raposa] não tem nada a ver com isso, ele nunca conversou comigo. Ele estava até afastado por causa de saúde parece, não sei o que era. Nunca consegui falar com ele, ele nunca falou comigo. As únicas pessoas que conversei foram Valdir Barbosa e o Zezé [Perrella]. Eu até tentei ligar para ele em dois números que tenho e não consegui”, concluiu.
Zezé Perrella, por sua vez, nega que tenha envolvimento com o assunto. Procurado, o ex-presidente do clube diz por meio de mensagem telefônica: “Desconheço”. Ele ainda pede para que seja procurado o então mandatário cruzeirense, Wagner Pires de Sá.
Abordado pela reportagem, Pires de Sá alega que o clube nem sequer pagou o valor durante a sua gestão: “Não sei se alguém foi lá e contratou. O Cruzeiro não, o clube não. Tem gente que aprova, o Perrella, inclusive, gosta muito. O Cruzeiro não contratou. Não tem nada contratado. É o que chamam de fake news”, comentou.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

O FUTEBOL EM DISCUSSÃO

Por: Dr. Julio - 15-04-2020- 15:24
* “O problema é que toda teoria econômica se baseia em mecanismos básicos de transparência e equilíbrio que não existem no futebol. Eu recentemente assisti duas séries de TV sobre o futebol que mostram coisas interessantes. Na séria da Amazon Prime “Tudo ou Nada: Seleção Brasileira“, se acompanha o time durante a Copa América em 2019. Há alguns pontos interessantes sobre os esquemas táticos do time. Mas muito pouco dos reais “bastidores”.
Já a série da Netflix “Sunderland ‘Til I Die” mostra muito mais dos bastidores do que qualquer outra. Na primeira temporada, o Sunderland havia acabado de cair da “Premier League” para a “Championship”, que seria a “Série B” na Inglaterra. Pois bem: a diretoria e comissão técnica dão uma “cruzeirada” e o time… cai para a Série C. Vem a segunda temporada, e o time tem tudo para ao menos voltar para a Série B. Mas o melhor jogador do time, o jovem Josh Maja tem o contrato terminando em breve. O time precisando dele, e o que se mostra na série é que o agente o leva para a França, pois se assim o fizer, ganha uma excelente comissão. Mas o inexplicável é o seguinte: no último dia da janela de transferência, o time vai e gasta mais do que o dobro do que recebeu para vender antecipadamente seu melhor jogador de 21 anos em um substituto medíocre. Vão para o “playoff” para a terceira vaga de subida da “Série C” inglesa, e perdem no último jogo. Prejuizo: umas dez vezes o que teria gasto mantendo seu melhor jovem jogador. Fica a impressão de que alguém ganha algo para fazer decisões que literamente vão contra o mínimo de racionalidade. 

URT ACERTA RESCISÃO DE CONTRATO COM JOGADORES E COMISSÃO TÉCNICA

Por: Dr. Julio - 15/04/2020 - 14:41
Depois de uma semana de negociação com atletas e membros da comissão técnica, a diretoria da URT concluiu a rescisão de contrato, por causa da paralisação do Campeonato Mineiro e do calendário esportivo de um modo geral, sem previsão de volta dos jogos. A presidente Maria Isabel Pimenta Rocha e o diretor de futebol, Romero Meira, participaram do programa Bola na Rede da Rádio Clube 98, nesta segunda-feira (13), com todas as definições do Trovão Azul.
Romero Meira confirmou a quitação das folhas de março e de abril, antecipadamente, para os 29 jogadores e componentes da comissão técnica. Dentre os 29, cerca de dez a 11 atletas deverão retornar para o cumprimento dos jogos que ainda faltam para a conclusão do campeonato mineiro, caso esse prosseguimento seja possível.
A princípio ficarão à disposição da URT:os goleiros Cris e Juninho; o lateral Caio; os zagueiros Audálio e Josué; o volante Ian Gomes, o meia Wembley, os atacantes Fernandinho, Kesley e Gabriel. Segundo Romero Meira, existe a possibilidade de retorno do volante Valkenedy.
Houve acerto com todos os componentes da comissão técnica, comandada por Ademir Fonseca. Apenas o preparador físico e analista de desempenho, Johnatan Alemão deverá retornar. Johnatan tem experiência também como treinador.
A presidente Maria Isabel ressaltou o aporte financeiro realizado por patrocinadores e parceiros, que responderam presente ao chamado do clube, para possibilitar os acertos com os profissionais. Isabel confirmou que o valor da folha de pagamento do Trovão Azul passa dos R$ 220 mil reais.
Campeonato
A Federação Mineira de Futebol está em recesso até o próximo dia 30 de abril. Mesmo assim, a URT tem procurado informações, principalmente sobre a possibilidade de continuidade do Módulo I 2020. Se isso acontecer, o Trovão Azul ainda terá dois compromissos, para o fechamento da primeira fase. Os adversários serão o Cruzeiro, no Mineirão e o América, no Zama Maciel.
Com 11 pontos em oitavo lugar, a URT não corre nenhum risco de rebaixamento. Os dois últimos colocados do campeonato estão bem distantes. O Villa Nova, em 11º lugar, tem apenas quatro pontos. O lanterna, Tupynambás, está com apenas três.
Confira a classificação
Os quatro primeiros: América (21), Tombense (20), Atlético (18), Caldense (17).
Depois aparecem: Cruzeiro (14), Patrocinense (12), Uberlândia e URT (11). Estes estão na faixa da disputa do Trofeu Inconfidência.
Os 9º e 10º são: Boa (8) e Coimbra (7), ainda com riscos de queda.
Os dois últimos: Villa Nova (4), Tupynambás (3).
Trofeu Inconfidência
Maria Isabel respondeu a uma pergunta sobre se é favorável ou não à manutenção do Trofeu Inconfidência, nessa altura do campeonato. A presidente é de opinião que deveria ser dispensada a disputa desse torneio, pela falta de datas.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

JORNAIS ESPORTIVOS DE PORTUGAL PARAM DE CIRCULAR

Por: Dr. Julio - 08-04-2020 - 13:31
A COVID-19 continua fazendo estragos gigantes. Vi agora no canal português, SIC, que A Bola, Record e demais jornais especializados em esportes do país vão parar de circular, por causa da drástica queda das vendas em bancas e suspensão da publicidade por muitos clientes.
Os veículos impressos em todo o mundo já veem passando apertos há alguns anos com o tsunami provocado pela internet. Reclamam também que mesmo os jornais digitais enfrentam muitas dificuldades, já que a maioria dos anunciantes volta os seus maiores investimentos para mídias como Facebook, Google e outros. Com essa pandemia, que ninguém sabe quando passará, muitos vão deixar de existir no papel, ficando exclusivamente no mundo digital, como estão fazendo os portugueses. Custos de impressão, distribuição e logística em geral tornam os custos inviáveis.
Com a brusca queda nas vendas não resta outra alternativa que não seja jogar a toalha e mudar de rumos.
José Manuel Ribeiro, diretor d’A Bola

domingo, 5 de abril de 2020

CARTA ABERTA A FMF, CBF E FIFA

Por: Dr. Julio - 05/04/2020 - 13:38
Coordenador executivo do Democrata, Renato Paiva (esquerda),técnico Paulinho Guará e Marcos Salum, em reunião de pedido de apoio ao América, em novembro do ano passado.
Há menos de um ano uma diretoria totalmente comprometida com novos métodos e transparência absoluta, assumiu o nosso Democrata de Sete Lagoas e operou “pequenos” milagres, quitando dívidas trabalhistas, fiscais e com fornecedores que se arrastavam por décadas. Recuperou a credibilidade do clube, construída há 105 anos, reassumiu a Arena do Jacaré, que bem administrada, tem sido uma fonte de receitas, ao contrário que era dito antes, e montou um time que vinha fazendo bonito no Módulo II do Campeonato Mineiro, com grandes chances de subir. Porém, a pandemia vivida pelo mundo parou o campeonato. Os jogadores e comissão técnica tiveram seus salários pagos e agora todos estão aguardando os acontecimentos, sem saber que rumo tomar.
Aproveitando o momento, o coordenador da diretoria democratense, Renato Paiva, fez um desabafo, reclamando dos absurdos cometidos pelos legisladores e pelas entidades que mandam no futebol, que nunca voltam as suas atenções aos clubes menos famosos, com a cumplicidade, silêncio e omissão dos gigantes, que também perdem, já que tradicionalmente estes clubes sempre formaram jogadores para eles.
Felizmente o manifesto do Democrata está encontrando ressonância entre jornalistas e veículos de todo o país, que têm divulgado e comentado o assunto. Eis a
CARTA ABERTA À FMF, CBF E FIFA –  COVID-19 COMO A ÚLTIMA GOTA
Exmos. Srs. Presidentes da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Guilherme de Aro Ferreira, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Langanke Caboclo, e da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Giovanni Vincenzo Infantino
Nas últimas semanas, temos visto escancarada a realidade do futebol brasileiro, especialmente daquele vivenciado pelos chamados “clubes invisíveis”, que são os grandes empregadores e formadores do futebol brasileiro desde que a bola chegou neste país.
Estes “clubes invisíveis”, quase sempre esquecidos pelos “grandes”, mas que os abastecem de jogadores, e pelas instituições que controlam o futebol, mas que cobram AS MESMAS (absurdas) taxas pagas pelos grandes, acabaram de cair no abismo; o copo d’água acabou de transbordar com a última gota, chamada Covid-19.Esta quebradeira não é culpa do Covid-19, mas chegou ao seu limite com ele.
Isto aconteceu, em grande parte, porque os “invisíveis”, que antes formavam jogadores e os vendiam, desde o fim da “lei do passe”, formam para que clubes maiores e agentes venham e os levem gratuitamente. O custo de formação continuou com os “invisíveis”, mas a receita nos foi usurpada, sem que fosse feito um fundo que permitisse que estes clubes fossem mantidos vivos.
Nem mesmo um calendário digno foi pensando para que as atividades deles percorressem o ano todo. Muito menos foram tentados patrocínios coletivos para auxílio em material esportivo, transporte e outras despesas cotidianas. Por que não trazer patrocinadores para os campeonatos menos interessantes para a mídia e, em troca, colocar anúncios destes patrocinadores nos campeonatos de maior audiência? Não seria uma justa troca?? Afinal, somos nós a base do futebol brasileiro. É aqui que tudo começa!! E vocês sabem disso!! Mas, nosso fôlego acabou. O desequilíbrio financeiro gerado nas últimas décadas chegou ao seu limite.
Enfim, estamos pedindo SOCORRO em nome do nosso querido Democrata Futebol Clube, de Sete Lagoas/MG, que tem 105 anos de fundação e revelou inúmeros grandes jogadores, vários com passagem pela Seleção Brasileira, que tirou outras tantas crianças e jovens das ruas, educando-as, que gerou milhares de empregos e que entreteve centenas de milhares de pessoas ao longo de sua história. Mas, acreditamos que este é um recado de todos os “clubes invisíveis”. Nos ajudem! Não só com um apoio financeiro imediato, o que seria um antitérmico, mas com uma reestruturação do futebol que nos devolva a dignidade.
Como somos invisíveis, não sei se a carta chegará aos seus destinatários, apesar de contarmos com as redes sociais. Não chegando, fica apenas como desabafo de pessoas que lutam pela sobrevivência de clubes de futebol pelo Brasil afora.
Aqueles que quiserem/puderem, sintam-se à vontade para replicar esta carta como quiserem.
Cuidem-se!
Sete Lagoas, 03 de abril de 2020.
Renato Paiva
Democrata Futebol Clube

sexta-feira, 3 de abril de 2020

DESFECHO DO CAMPEONATO MINEIRO

Por: Dr. Julio - 03/04/2020 - 14:37
Ninguém tem certeza de como terminará o Campeonato Mineiro, nem mesmo se terminará ou não. Na FMF e imprensa há duas correntes de pensamento: a que defende que a competição seja encerrada do jeito que está, com o América declarado campeão, por estar na liderança com 21 pontos. Seriam rebaixados o Villa Nova que tem quatro pontos e o Tupynambás, três.
A outra corrente, que sejam disputadas as duas rodadas restantes e aí sim, seriam conhecidos o campeão e os rebaixados. Seria mais justo e menos danoso para a imagem da disputa.

REPRISE DA ENTREVISTA COM ROMARIO

Por: Dr. Julio - 03/04/2020 - 14:26
A entrevista do Romário foi no programa “Resenha ESPN”, gravado excepcionalmente no Rio, na casa do Djalminha, amigo dele. Foi no dia 16 de abril de 2017 e o já Senador disse que toparia participar do programa, desde que não fosse nos estúdios da TV em São Paulo. Só se fosse no Rio. E assim foi feita a vontade de um dos mais “marrentos” e goleadores do futebol mundial. Participaram também o ex-lateral Sorin e o jornalista André Plihal, o comandante do programa. Ótima conversa e o “baixinho” contou detalhadas histórias de vestiário, relacionamento com companheiros e da vida pessoal dele.
Romário falou da até então pouco conhecida no Brasil, cirurgia de interposição ileal, para se curar da diabetes. Depois de todas as dificuldades do procedimento conseguiu ficar livre da doença e perdeu 20 quilos, gerando um monte de boatos, de que estava de câncer, AIDS e outras coisas. Soltou a língua, tipo:
__ A CBF é administrada pelo maior corrupto, desonesto e safado do futebol, que é o Marco Polo Del Nero.
__ Ricardo Teixeira me prometeu que eu estaria na Copa da França em 1998 e na Ásia em 2002. Furou nas duas. Em 1998 me chamaram para conversar: Zagallo, Parreira, Américo Teixeira e o falecido Dr. Lídio Toledo, e me garantiram que eu estaria na Copa. Tudo sem palavra.
__ Para as eliminatórias de 1994 só me chamaram porque se fuderam com os outros que convocaram e a seleção estava quase fora da Copa. Me chamaram para aquele jogo decisivo com o Uruguai e eu falei que classificaria o Brasil e classifiquei.
__ Reinaldo foi o maior atacante que vi jogar e me inspirei nele.
__ Johan Cruijff foi o melhor treinador com quem trabalhei. Sabia como ninguém trabalhar um grupo e como tirar o melhor de cada jogador. No Brasil, por incrível que pareça, cito o Joel Santana.
__ Barcelona foi a melhor cidade onde morei e o Barcelona foi o melhor time em que joguei.
__ Nunca me arrependi de ter trocado a vida boa que tinha em Barcelona e um ótimo salário para voltar ao Rio e jogar no Flamengo. Eu queria voltar a morar aqui de qualquer jeito.
__ Arrependimento eu tenho foi ter agredido o zagueiro Andrey (companheiro no time do Fluminense, dentro de campo), uma babaquice minha, que nunca me perdoei. Pedi desculpas pessoal e publicamente e até hoje peço desculpas a ele, um grande cara, pessoa maravilhosa.
Em 1994 ele foi eleito o melhor jogador do mundo e o time em que jogava no Barcelona era: Zubizarreta; Ferrer, Guardiola, Koeman, Sergi, Bakero (Iván Iglesias, 75’), Goikoechea, Stoichkov (Laudrup, 47’), Amor, Romário e Nadal.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

ELEIÇÕES, DEMISSÕES, RACHAS E ACUSAÇÕES

Por: Dr. Julio - 01/04/2020 - 22:35
O Conselho Gestor ameaça deixar o clube e não lançar seu candidato à presidência, Emílio Brandi, caso as eleições marcadas para 21 de maio sejam realizadas. O candidato oposicionista, Sérgio Rodrigues, defende as eleições e diz que disputa de qualquer jeito, mesmo que em outubro haja novo pleito, como prevê o atual estatuto.
Ao mesmo tempo o Conselho notificou a senhora Fernanda Moraes de São José, esposa do ex-presidente Wagner Pires de Sá, para que ela não use as marcas do Cruzeiro Esporte Clube no Instituto 5 Estrelas, criado e comandado por ela no início do mandato do marido.
Na semana passada foi demitido o Tote (Aristóteles Lorêdo) que era, há muitos anos, diretor de tecnologia da informação do Cruzeiro. Saiu quando o Wagner Pires entrou e retornou em janeiro com o atual grupo. Garante que a demissão agora foi porque apóia abertamente a candidatura de Sérgio Rodrigues.
Interessante é que olhando estas fotos postadas aqui e em outros sites e portais sobre o Cruzeiro, dirigentes e até jogadores aparecem apoiando todo mundo, em tempos distintos. Hoje é difícil dizer quem é renovação e quem apenas está de lado trocado na tradicional política do clube.
Informações mais detalhadas nos portais da Itatiaia e Superesportes:
* “Em nota, Conselho Gestor ameaça deixar Cruzeiro caso eleição em maio seja realizada
“Não coloquei candidatura contra o Conselho Gestor’, diz Sérgio Santos Rodrigues à Itatiaia”
“Cruzeiro demite Aristóteles Lorêdo, que vê motivação política em decisão do Conselho Gestor”
* “Cruzeiro notifica esposa de Wagner Pires por uso da marca do clube em instituto”

MEXEU NO BOLSO EM TEMOS DE COVID 19

Por: Dr. Julio - 01/04/2020 - 22:28
Está circulando o vídeo de um torcedor do Palmeiras cobrando dos jogadores que ganham altos salários a se movimentarem no sentindo de ajudar de alguma forma à população mais carente, que é a massa, que sustenta a paixão pelo futebol. Neste momento em que falta e faltará comida na casa de muita gente, uma cesta básica faz diferença, e qualquer um de nós pode contribuir. Imagine quem ganha muito dinheiro como a maioria dos jogadores dos grandes clubes!
No vídeo, este torcedor sugere que eles contem com as torcidas organizadas, que realmente poderiam ser muito úteis nesta situação, já que elas têm contato direto com quem mais precisa e também têm entrosamento bem próximo a praticamente todos as estrelas e seus procuradores, além da maioria dos dirigentes dos clubes.
O jornalista Fernando Rocha, abordou este tema na coluna dele, hoje, no Diário do Ano de Ipatinga:
* “Mexeu no bolso”
O Atlético anunciou que vai aplicar a redução de 25% dos salários incluindo diretoria, atletas e comissão técnica, exceto de quem ganha até R$ 5 mil mensais, pelo período em que a pandemia de coronavírus persistir no país.
Segundo a nota divulgada pelo clube, a decisão foi baseada no decreto de calamidade pública decretado pelo governo , considerando a “circunstância de força maior, que paralisou as competições no Brasil e no mundo, acarretando redução drástica de receitas, e a excepcionalidade da atual conjuntura”.
Tudo perfeitamente normal, não fosse a postura sem noção,  alienada e descompromissada  da categoria dos atletas, como por exemplo, o lateral Arana, que vive em outro mundo,  cercado de regalias, aspones e puxa-sacos de todos os tipos, como é comum entre os que atuam nos grandes clubes e recebem fortunas mensais.
O jovem Arana, 22 anos, lateral recém-contratado pelo Atlético, deu sua opinião a respeito do corte de salários dos jogadores: “Acho que não justifica (redução). Está paralisado porque deve paralisar, você vê na televisão pessoal comentando para evitar ficar na rua porque a coisa é muita séria, e eu acho que a gente, jogador, não tem nada a ver com isso”.
Outro nível
A solidariedade e conscientização,  que não se vê por aqui, de fazer alguma coisa para ajudar as pessoas que estão sofrendo pela pandemia do coronavírus, pelo menos surgiu entre os jogadores brasileiros que atuam fora do país.
Na verdade a iniciativa partiu do zagueiro Danny Morais, que atua no Santa Cruz(PE), mas tem como garotos-propaganda o goleiro Alisson, do Liverpool, e o ex-jogador Denílson.
O projeto, chamado de “Desafio Corona”, já conta com o apoio de quase cem jogadores no mundo todo, que terão suas camisas vendidas no site desafiocorona.com.br.
Todo o dinheiro arrecadado será revertido para a compra de equipamentos, a serem doados aos hospitais brasileiros que estarão atendendo vítimas do coronavirus.
FIM DE PAPO
  • Essa falta de atitude ou passividade da classe futebolística do nosso país, diante das dificuldades enfrentadas pela a sociedade, em razão da pandemia do coronavírus, só demonstra o quanto é alienada, como se estivesse imune às suas consequências.
  • Mesmo diante dos exemplos de sofrimento, calamidade, vindos neste momento sobretudo da Itália e Espanha, que são dois dos maiores centros do futebol no mundo, países que não estão dando conta de enterrar os mortos, os nossos “pés de obra”  não se tocam, recolhidos em seus casulos, ao invés de contribuir de alguma forma para amenizar o sofrimento de milhões de pessoas, que no fim das contas são também aqueles torcedores que sustentam suas mordomias.
  • Por sinal, por aqui o que não tem faltado são  maus exemplos de como não se deve tratar ou se proteger da pandemia. Com as feridas ainda abertas, as lições  dos erros que causaram o  rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho, onde centenas de mortes foram registradas, não estão sendo observadas. Hoje, a culpabilidade dos gestores da Samarco e da Vale, que optaram por privilegiar o aspecto econômico, ao invés da segurança dos trabalhadores e das comunidades que viviam no seu entorno, é amplamente reconhecida.
  • Jogadores, treinadores, dirigentes do nosso futebol, estão perdendo uma grande oportunidade de ajudar demonstrando sentimento de solidariedade, compaixão, com quem faz girar a roda que os sustenta e vive momentos de aflição e incerteza em razão da pandemia do coronavírus. Como diz um velho ditado aqui dos nossos grotões: “Depois que a procissão passa, não adianta tirar o chapéu”.