quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O EXEMPLO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS

Por: Dr. Julio - 29/11/2018 - 15:32
Em duas finais recentes de Libertadores da América em Belo Horizonte a nossa Polícia Militar deu show. Antes, durante e depois dos jogos, torcedores e delegações do argentino Estudiantes e do paraguaio Olímpia tiveram plena segurança e retornaram bem aos seus países. Os marginais infiltrados nas torcidas do Atlético e Cruzeiro bem que tentaram aprontar mas foram repelidos previamente com o rigor que merecem. Em 2009 o Comandante do Policiamento da Capital – CPC -, era o Cel. Nilo que chegou a ser criticado por ter montado uma “operação de guerra”. Parecia que Belo Horizonte estava sob intervenção da PM. Cumpriu com excelência o dever dele e nenhum argentino foi agredido, mesmo tendo saído vitoriosos do Mineirão. Este foi um ótimo exemplo de competência em um grande evento explosivo.
O mundo globalizado torna países e costumes cada vez mais parecidos, mas os bons exemplos não têm a mesma força dos maus. Com a velocidade crescente da informação pelos mais diversos meios, toda ocorrência chega aos olhos e ouvidos de gente em todo o planeta instantaneamente. Com isso proliferam aqueles que sentam no rabo pra falar dos outros e complexados vira-latas, como definiria Nelson Rodrigues.
Nessa selvageria da torcida do River Plate essas turmas deitaram e rolaram, mas tiveram bons contra-ataques que mostraram o quanto se equivocam.
O argentino Mariano postou no twitter vídeo de selvageria semelhante da torcida do Manchester United “recebendo” o ônibus do City e escreveu:
@marianoG/ottiga: “Para los moralistas que se preocupan por como nos ven en el mundo, vean lo que pasa en una sociedad “civilizada” cuando haces pasar un micro del equipo rival entre medio de la hinchada local que esta por entrar al estadio La diferencia es que el este micro no tiene vidrios”.
É verdade! O problema em Buenos Aires foi a incompetência da cúpula da segurança. Onde estavam os policiais que deveriam garantir a chegada do Boca em segurança ao Monumental? Uma única rua de acesso, sem batedores de verdade e sem polícia ostensiva antes de um jogo explosivo.
Ainda mais na Argentina, onde este clássico já teve 71 mortos, em 1968, num dos portões de acesso do mesmo estádio Monumental. Veja essa reportagem do portal Terra, de sábado, antes da final prevista:
* “Porta 12: o local do Monumental que remete a um drama de Boca e River”
Um clássico realizado em 1968 resultou na morte de 71 torcedores xeneizes no palco da grande decisão da Libertadores deste ano. Episódio ainda levanta muitas dúvidas
Sthefany Afonso
Argentina conta milhares de mortes induzidas por corrupção, negligência ou imprudência pública e privada. Não obstante, o dia 23 de junho de 1968 marcou a data mais negra do futebol nacional. Justamente no dia do clássico de maior rivalidade do país: River Plate x Boca Juniors.
Se disputava o Torneio Metropolitano, um campeonato dividido em dois grupos de onze equipes. River e Boca protagonizaram um empate sem gols no Monumental, palco do decisivo jogo deste sábado, pela Libertadores. A porta 12, correspondente do setor visitante, havia sido fechada após o apito final. Torcedores xeneizes estavam aglomerados e um caos começou. Resultado da tragédia: 71 pessoas morreram esmagadas e sufocadas, enquanto tentavam deixar o estádio.
Após o episódio, o acesso não é mais identificado pelo número 12, e sim pela letra L, por ser a décima segunda letra do alfabeto. Além da mudança, o River Plate decidiu dar o nome de “Centenário” ao setor visitante.
Cinquenta anos depois, River e Boca se encontram novamente em uma decisão. Apesar de toda magia criada em torno da partida que marcará o século, as verdadeiras causas da barbárie de 68 ainda são desconhecidas e deixam grande marcas.
Na época, hipóteses começaram a surgir por meio da mídia: portas fechadas ou semi fechadas, catracas que não haviam sido removidas, ou a irresponsabilidade funcionários. No entanto, nada se falava sobre a polícia. Eram tempos da ditadura de Juan Carlos Onganía, repressões nas ruas, tribunais e universidades.
Nem mesmo a passagem de cinco décadas trouxe justiça às vítimas ou às suas famílias. O caso que o juiz Oscar Hermelo instruiu foi arquivado. Em um artigo publicado pela Agência de Notícias de Buenos Aires, Victor Ego Ducrot, testemunha do incidente, contou sua versão:
– Saímos mais cedo, justamente pelo portão 12. Havíamos caminhado alguns metros quando ouvimos a polícia gritar e passar com a cavalaria, dando golpes e bloqueando a saída do Monumental. Eles assassinaram mais de 70 pessoas, fomos salvos por alguns minutos – contou.
Além de Victor, uma segunda testemunha alegou que duas famílias chegaram a um acordo econômico com o River Plate. Mais tarde, Carmen Palumbo, que defendia os familiares das vítimas, afirmou que trinta e quatro famílias foram secretamente compensadas pelo clube, pela AFA, e pelo Estado.
A tragédia de Hillsborough, que matou 96 torcedores do Liverpool em 1989, ainda respira na Inglaterra. A Justiça concluiu como “homicídio involuntário” e o processo foi aberto ao público. Ao contrário da Argentina, que nunca obteve um decreto final, nem mesmo um culpado. A Federação Inglesa, 25 anos após o fato, colocou camisetas do Liverpool nas arquibancadas da semifinal disputada entre Arsenal e Wigan.
Em Buenos Aires, faltando apenas cinco dias para a final da Libertadores, a dor de 68 ainda é vivida. Relatos de familiares contam que os clubes apagaram o acontecimento da história e nada fizeram em homenagem às vítimas da fatalidade. O que para alguns representará uma final inesquecível, para outros, será mais uma data de grande silêncio.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

CBF VOLTA AOS TEMPOS PRÉ-RICARDO

Por: Dr. Julio - 28/11/2018 - 16:12


Em reunião esta noite na sede de Lourdes Conselho Deliberativo do Galo aprovou orçamento para 2019 
Alguém já isse que “no Brasil a única coisa que vai pra frente é o atraso”. O futebol é testemunha disso: a CBF passou na cara dura Atlético x Botafogo para sábado, 17 horas no Horto, mesmo dia e horário de Flamengo x Atlético-PR no Maracanã. Isso para quebrar o galho do fluminense que receberá o América no domingo, também no Maraca. Sem consultar a ninguém, apenas para atender aos interesses maiores dos cariocas. Desrespeito e molecagem, dentro das tradições da entidade, que entretanto vinha cumprindo o que escrevia nos últimos anos. Pioramos bastante no quesito organização.
O Atlético protestou oficialmente mas e daí? A cartolagem da CBF dá de ombros e fica por isso mesmo. A bola vai rolar e que o time vença e garanta finalmente este sexto lugar que dá acesso à pré-Libertadores.

EM CONDIÇÕES NORMAIS AMÉRICA PODE GANHAR DO FLUMINENSE

Por: Dr. Julio - 28/11/2018 - 16:07
Não tenho dúvidas que num jogo entre times de qualidade semelhante vence o que se entrega mais, que entra em campo com “sangue nos olhos”. São os casos de Atlético x Botafogo no Independência, América x Fluminense no Rio.
 Flu não perde, América cai. Chape ganha do São Paulo e se salva. Sport ganha do Santos. Último rebaixado dependeria de Ceará x Vasco. Se der Ceará, dança o Vasco. Se não der, dança o Sport. E o teu palpite?”
É a força do Fluminense nos subterrâneos da bola. Se for só futebol, o Coelho não cai. Os outros jogos estão com cara de empate.

TOMBENSE MARCA APRESENTAÇÃO DO ELENCO

Por: Dr. Júlio - 28/11/2018 - 15:55
O Tombense trabalha em segredo no planejamento para a temporada 2019. Ainda sem anunciar técnico, o clube de Tombos marcou a data para apresentação do elenco: 3 de dezembro, segunda-feira. E, salvo negociações, a tendência é que rostos conhecidos do torcedor carcará apareçam no CT no início do próximo mês.
Jogadores com contrato em curso com o clube devem se apresentar normalmente. É o caso dos laterais Bruninho e David, dos meias Cássio Ortega e Everton Galdino e do goleiro Darley. Outros jogadores vinculados ao clube, como o volante PH e o atacante Rubens, emprestados a Boa Esporte e CSA, respectivamente, ainda têm situação indefinida.
O Tombense terá no calendário de 2019 o Campeonato Mineiro e a Série C do Brasileiro.
DR. JÚLIO COM EX- JOGADOR  E AGORA DIRETOR DO TOMBENSE LEANDRO EUGÊNIO
Resultado de imagem para foto dr. julio com jogador leandro eugenio

terça-feira, 27 de novembro de 2018

URT INICIA PRÉ-TEMPORADA

Por: Dr. Júlio - 27/11/2018 - 17:23
URT apresentou nesta segunda (26), o elenco de jogadores e comissão técnica, iniciando a sua pré-temporada 2019. Mais nove jogadores foram acrescentados à lista dos já anunciados, totalizando 27, até o presente momento. O presidente Dr. Domingos Sávio e seus diretores estiveram presentes nessa arrancada do Trovão Azul. 
Acertados com a URT
Os goleiros Arthur, Thiago Braga Renan Pastri (do Santos) e João Vítor; os laterais pela direita, Alan Silva, Douglas Maia (que atua em outras posições) e Gabriel Pereira e, pela esquerda, Silva (do Treze) e Negueba; Os zagueiros Victor Salinas, Gladstone (aquele que jogou no Cruzeiro) e Alisson Brand. Os volantes Diogo Orlando, Rodney, Derli e Yan Gomes; Os meias e atacantes Cascata, Patrick (Treze), Jonathan (Itumbiara), Bruno Aquino, Carrara, Reis (Tupi), Gabriel, Carlos, Xandão, Wellington e Bruno.
Comissão Técnica
Treinador: Flávio Garcia
Preparador Físico: Robert Yoshio
Auxiliar de preparação física: João Paulo
Treinador de goleiros: Nilton Rosa
Fisioterapeuta: Ailrton Pena
Analista de desempenho: João Cohen
Vice de futebol: Juliano Rocha
Coordenador: Alexandre Ceolin
Supervisor: Valtinho Souza
Mordomo: Henrique Micias
Além do Estádio “Zama Maciel”, a URT utilizará o CT do Clube Atlético Olaria para os seus treinamentos.

ÚLTIMA RODADA DO BRASILEIRÃO

Por: Dr. Júlio - 27/11/2018 - 17:18
Os concorrentes diretos colaboraram decisivamente para que o Atlético chegasse à penúltima rodada em sexto lugar, na zona de classificação para a pré-Libertadores. Mas o Atlético-PR, que empatou em casa hoje com o Ceará ainda tem chances e por isso o Galo terá de comer grama no Independência e vencer o Botafogo na última rodada para não depender de tropeço do xará paranaense no Maracanã contra o Flamengo.
Ao América faltou uma vitória, que fosse contra o Paraná, no Horto, para que ele chegasse à 37ª rodada garantido na Série A do ano que vem. Mas ainda dá. É só vencer o concorrente direto, Fluminense, no Rio, independentemente de ver Vasco ou Chapecoense tropeçando, contra o Ceará em Fortaleza ou contra o São Paulo, em Chapecó, no caso da Chape.
CLASSIFICAÇÃOPGJVEDGPGCSG%
Palmeiras77372211461243769
Flamengo7237219758273165
Internacional68371911750282261
Grêmio63371712847272057
São Paulo62361614646331357
Atlético-MG56371681355431250
Atlético-PR54371591352361649
Cruzeiro52371410133434047
Santos50371311134538745
10°Botafogo48361212123644-844
11°Bahia47371211143941-242
12°Corinthians44371111153434040
13°Ceará43371013143238-639
14°Fluminense4237119173146-1538
15°Vasco42371012154148-738
16°Chapecoense41371011163350-1737
17°América-MG40371010173046-1636
18°Sport3836108183356-2335
19°Vitória3737910183460-2633
20°Paraná Clube2236410221654-3820

NETO BEROLA FOI DESTAQUE NA ÚLTIMA RODADA DA SÉRIE B

Por: Dr. Júlio - 27/11/2018 - 17:13
Neto Berola entrou no segundo tempo marcou três dos quatro gols da goleada do CSA sobre o Juventude
A Ponte Preta bateu na trave, mas ficou em quinto lugar e não será dessa vez que retornará à primeira divisão nacional. Foi o time paulista de melhor campanha na Série B que terminou neste fim de semana. O Guarani, outro campineiro e considerado favorito ao acesso no início da disputa ficou em nono.
Muito bom ver o mapa da Série A do Brasil mais “democratizado”: Fortaleza campeão, para grandes clássicos contra o Ceará com Castelão lotado em 2019. O CSA devolve Alagoas ao cenário nacional depois de ótima campanha em toda a disputa e uma queda assustadora na reta final. Mas salvo por Neto Berola, ex-Galo, repatriado do México no início do ano, onde estava mal no Veracruz, em que fez apenas um jogo e saiu mal de lá. O Avaí também está de volta, assim como o Goiás que demorou quatro anos para recuperar o seu lugar na prateleira de cima do nosso futebol.
Por outro lado, lamentei a queda do Paysandu, de torcida gigante, para a Série C. Com ele foram o Sampaio Corrêa, Juventude e o nosso Boa.
CLASSIFICAÇÃOPGJVEDGPGCSG%
Fortaleza7138218954332162
CSA623817111051371454
Avaí61381613950321854
Goiás6038186145450453
Ponte Preta603816121042301253
Atlético-GO59381611115751652
Vila Nova-GO5738141594136550
Londrina-PR55381510134542348
Guarani54381412124439547
10°Coritiba52381313124044-446
11°Brasil de Pelotas50381311143635144
12°CRB48381212143539-442
13°São Bento47381114134141041
14°Criciúma47381114134549-441
15°Figueirense46381113144851-340
16°Oeste4638919103640-440
17°Paysandu43381013154253-1138
18°Sampaio Correa-MA3838108203247-1533
19°Juventude3538714172748-2131
20°Boa Esporte Clube303879222649-2326

PALMEIRAS CAMPEÃO POR ANTECIPAÇÃO

Por: Dr. Julio - 27/11/2018 - 17:08
Pelo conjunto da obra, encerrar a carreira tendo como maior lembrança os 7 a 1 para a Alemanha na Copa de 2014 seria um castigo muito duro e injusto com o grande profissional que é Luiz Felipe Scolari. A o site Trivela fez um belo retrospecto da trajetória dele:
* “Felipão teve a oportunidade de se redimir e a aproveitou, conduzindo o Palmeiras ao título”
O Palmeiras conquistou a Copa do Brasil, em 2012. Ainda era um torneio sem os times da Libertadores, enfraquecido, mas isso pouco importou para o torcedor alviverde que comemorou o primeiro título nacional deste século. O tempero especial foi o homem que estava no banco de reservas: Luiz Felipe Scolari, com seu bigode, seu jeito bonachão, chefe de família. O treinador das glórias do final da década de noventa alimentava os sentimentos de nostalgia e de esperança. Quando ninguém imaginava que ele faria o Palmeiras campeão, dada a ausência de camarões, como ele metaforizou os bons jogadores que queria contratar e não podia, ele fez o Palmeiras campeão.
No entanto, era um time fraco. Dependente demais das bolas paradas de Marcos Assunção, com brilhos esporádicos de Valdívia, um bom centroavante em Hernán Barcos e um bom zagueiro em Henrique. O resto deu poucos argumentos para o Palmeiras recuperar-se no Campeonato Brasileiro e, em setembro, dois meses depois da glória no Couto Pereira, ele foi demitido. “Acho que era o momento certo para que eu saísse do Palmeiras”, disse. O segundo rebaixamento foi consumado por Gilson Kleina. Mas começou com Felipão.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

SAIU A TABELA DO CAMPEONATO MINEIRO SÉRIE A

Por: Dr. Julio - 21/11/2018 - 18:22
O Campeonato Mineiro do Módulo I começa dia 19 de janeiro  e termina no dia 21 de abril de 2019. URT e Patrocinense são os representantes do Alto-Paranaíba; Do sul de Minas: Caldense e Boa; da Zona da Mata: Tupi, Tupynambás e Tombense; do Centro-Oeste: Guarani de Divinópolis; na Região Metropolitana: Villa Nova e da capital: Atlético, América e Cruzeiro.
Na primeira fase, todos se enfrentam, em turno único, classificando-se os oito primeiros para as quartas-de-final, com partida única. Daí saem os classificados para as fases semifinal e final.
A URT jogará seis vezes em casa e cinco fora:
Jogos da URT
Patrocinense x URT
URT x Caldense
URT x Tombense
Atlético x URT
URT x Boa Esporte
América x URT
URT x Tupynambás
URT x Cruzeiro
Guarani x URT
Villa Nova x URT
URT x Tupi
Confira a tabela da primeira fase do Campeonato Mineiro 2019:

1ª RODADA
19/01 – sábado

Guarani x Cruzeiro
20/01 – domingo
Tupi x Tombense
Caldense x América-MG
Villa Nova x Tupynambás
Atlético-MG x Boa Esporte
Patrocinense x URT
2ª RODADA
23/01 – quarta-feira

Tombense x Atlético-MG
URT x Caldense
América-MG x Villa Nova
Tupynambás x Tupi
Boa Esporte x Guarani
Cruzeiro x Patrocinense
3ª RODADA
27/01 – domingo

Tupynambás x Boa Esporte
Caldense x Patrocinense
Villa Nova x Guarani
Cruzeiro x Atlético-MG
América-MG x Tupi
URT x Tombense
4ª RODADA30/01 – quarta-feira
Tombense x América-MG
Guarani x Caldense
Tupi x Villa Nova
Boa Esporte x Cruzeiro
Atlético-MG x URT
Patrocinense x Tupynambás
5ª RODADA
02/02 – sábado

Tupi x Caldense
03/02 – domingo
Villa Nova x Cruzeiro
Tupynambás x Tombense
Atlético-MG x Guarani
Patrocinense x América-MG
URT x Boa Esporte
6ª RODADA
09/02 – sábado

Guarani x Tupi
10/02 – domingo
Boa Esporte x Tombense
Caldense x Atlético-MG
Villa Nova x Patrocinense
América-MG x URT
Cruzeiro x Tupynambás
7ª RODADA
16/02 – sábado

Tombense x Villa Nova
Atlético-MG x Tupi
17/02 – domingo
Caldense x Boa Esporte
URT x Tupynambás
América-MG x Cruzeiro
Patrocinense x Guarani
8ª RODADA
23/02 – sábado

Tupi x Patrocinense
Tombense x Caldense
24/02- domingo
Boa Esporte x América-MG
Tupynambás x Guarani
URT x Cruzeiro
Atlético-MG x Villa Nova
9ª RODADA
09/03 – sábado

Guarani x URT
10/03 – domingo
Boa Esporte x Tupi
Villa Nova x Caldense
Cruzeiro x Tombense
Patrocinense x Atlético-MG
América-MG x Tupynambás
10ª RODADA
16/3 – sábado

Guarani x Tombense
17/03 – domingo
Tupi x Cruzeiro
Caldense x Tupynambás
Villa Nova x URT
Atlético-MG x América-MG
Patrocinense x Boa Esporte
11ª RODADA
20/03 – quarta-feira

Cruzeiro x Caldense
Tombense x Patrocinense
URT x Tupi
América-MG x Guarani
Tupynambás x Atlético-MG
Boa Esporte x Villa Nova

ROBERTINHO, O TREINADOR DE GOLEIROS

Por: Dr. Julio - 21/11/2018 - 18:16 
A história do Robertinho é muito parecida com a de milhões de brasileiros: queria ser jogador de futebol na infância e tentou enquanto deu. Quando sentiu que não daria tratou de pensar em outra ocupação, mas dentro do futebol. Bateu em várias portas e agarrou as oportunidades que obteve. Com força de vontade, humildade e muita criatividade conseguiu ocupar o seu espaço e hoje é um das referência entre os preparadores de goleiros do futebol brasileiro graças aos métodos diferentes, que ele mesmo desenvolveu.
Robertinho concedeu ótima entrevista ao Henrique André, do Hoje em Dia, que vale a pena ler:
“Das ligações a cobrar para Itair ao trabalho-referência no país: a trajetória de Robertinho”
Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
O menino de Coronel Fabriciano, cidade do Vale do Aço, que sonhava em ser goleiro profissional desde a infância, tornou-se referência no Brasil, mesmo sem a camisa 1. Das noites em que se deitava às 19h e ficava até às 22h sonhando com as entrevistas à imprensa e com todo o glamour do mundo da bola ao árduo trabalho como um dos principais treinadores do país, Roberto Barbosa dos Santos, o Robertinho, encarou vários desafios.
Responsável por cuidar dos goleiros da Raposa desde 2010, o treinador de 45 anos recebeu de braços abertos o vice-presidente Itair Machado e fez o papel de revelar suas qualidades para quem não o conhecia quando chegou ao clube. Tudo por gratidão.
Nesta entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, Robertinho conta como iniciou a vida no futebol, relembra das ligações à cobrar para Itair, quando, pelo telefone público, pedia emprego no Ipatinga, fala da experiência com Bruno no Flamengo, diz como é a convivência e os desafios com Fábio, Rafael e demais goleiros do Cruzeiro, e muito mais.
Como começou a sua relação com o futebol?
Eu desde sempre gostei de futebol e sempre como goleiro. Nas peladas eu era sempre o primeiro a ser escolhido; era o melhor e o único que queria ir no gol era eu. Com 12 anos, já jogava bola no meio do adulto. Menino do interior, muito pobre, família bem humilde. Eu tinha um vizinho e, com 13 anos, ele marcou um teste aqui no Cruzeiro. Estava indo até bem, estava treinando e quebrei o dedo. Chegou um goleiro de Ubá, de 1,92m, e eu tinha um metro e meio. Acabei dispensado por causa do tamanho. Fui para o Santa Tereza, onde joguei o campeonato de infantil. No ano seguinte fui para o América, onde joguei o campeonato de juvenil. Fizemos um jogo no Rio de Janeiro e uma pessoa do Bangú me convidou. Peguei minha mala, sem avisar ninguém, e fui pra lá. Joguei por um tempo no Rio, até no profissional. O Palmieri, que foi goleiro lá, me levou para o Botafogo de Ribeirão Preto. Depois recebi um convite para jogar no nordeste e acabei aceitando; para mim, um grande erro da minha carreira, porque deixei um grande centro que é São Paulo e ir para o interior de Alagoas. Fiquei por lá, casei, tive filhos e, como atleta, as condições eram ruins. Com salários atrasados, resolvi não seguir mais a carreira, por causa da responsabilidade com a família. Passou um tempo, eu estava na minha fabriquinha de camisas e escutei na rádio que a comissão do Asa, de Arapiraca, tinha toda ido embora. Resolvi pedir emprego, mesmo contra a vontade da minha mulher, e fui. Bati na porta, sem ninguém me conhecer, aí o Chiquinho, o técnico, me deu uma oportunidade. Foi na época que o Asa tirou o Palmeiras da Copa do Brasil. Eu ganhava 400 reais por mês e nunca recebi um salário integral. Assim foi o início da minha carreira, com muito sofrimento, mas eu acreditava na força do trabalho e no potencial que eu tinha, embora muito jovem. Sabia que com o tempo as coisas iam melhorar pra mim.
Como você chegou ao Ipatinga?
Eu estava na Catuense-BA, e o Ipatinga estava numa fase muito boa, disputando a Série C do Brasileiro e o Estadual. Descobri o telefone do Itair Machado e ligava para ele à cobrar, lá da Bahia, porque não tinha celular e nem nada. Usava o orelhão. E não é que ele me atendia? Lembro disso com muito carinho. Lá no passado, mesmo sem me conhecer, ele não virou as costas pra mim. Ele dizia para eu ir ligando que, assim que surgisse uma oportunidade, ele me dava uma chance. Cansei de lá, peguei minhas coisas e fui para Ipatinga. Chegando, vi o time parado. Acabou que o Itair e o Amarildo me contrataram e fui treinar os goleiros. No ano seguinte (2005) ganhamos o Campeonato Mineiro, que foi um privilégio.
E a ida para o Flamengo, como foi?
Eu estava na casa da minha mãe cozinhando um macarrão, porque sou metido a cozinheiro, todo mundo esperando, e o telefone tocou. Naquela época eu já tinha celular (risos). Era o Ney Franco me falando para arrumar as malas que na manhã seguinte a gente ia para o Rio de Janeiro. Naquele dia, nem meus cachorrinhos comeram o macarrão. Ficou muito ruim! (risos) Fiquei muito ansioso, errei a mão, o tempero, e ninguém comeu. Não tinha condição de comer. Foi uma alegria muito grande e eu queria saber se era verdade mesmo. Fui numa Lan House e vi no Globoesporte.com que de fato o Ney tinha acertado com o Flamengo. Fiquei muito feliz porque era um grande sonho. Encarei com muita personalidade, mesmo com 32 anos. Ali vi que aquele era realmente era o meu caminho.
No Flamengo os goleiros já te olhavam com respeito, ou havia certa desconfiança?
Sofremos muito com isso. Toda comissão técnica. Éramos olhados com certo receio, uma certa desconfiança; o Ney menos por ser o chefe. A gente da comissão técnica às vezes era questionado por coisas absurdas. Mas foi muito pouco.
E a ida do Bruno, como se deu?
O Ney me falou que a gente precisava contratar um goleiro e me perguntou o que eu achava do Bruno. Eu falei que era pra contratar logo pois era um excelente goleiro. Ele estava encostado no Corinthians e estava sendo negociado com o São Caetano. Ele chegou, assumiu a camisa 1. Subi o Paulo Victor e o Marcelo Lomba também, que eram meninos da base.
O Bruno chegou pronto ou precisou ser lapidado?
O Bruno sempre foi bom, mas como todos sabem, não é nada fácil treiná-lo e lidar com ele, apesar de ter sido sempre muito respeito comigo e muito dedicado. Ele precisava de um comandante porque, se não pegasse no pé e cobrasse, ele não treinava. Fomos trabalhando, ganhamos campeonatos, ele se destacando, principalmente nas cobranças de pênaltis, e em 2009 ele foi uma peça fundamental no time que foi campeão brasileiro.
No prêmio de melhor do Brasileirão de 2009, Bruno acabou perdendo a disputa para o Victor, hoje no Atlético. A reação foi de perplexidade. Você viu aquela cena de perto?
Fomos juntos naquele dia para receber aquele prêmio. A gente esperava que ele ganhasse, por tudo que fez. Não foi escolhido, ficou decepcionado e foi embora. Falei para ele que era normal, que era uma escolha e que, para nós flamenguistas, ele era o melhor.
Você que o incentivou a bater faltas e pênaltis?
Sim. O Bruno queria e tinha o dom. Eu o ajudei no que podia. Primeiro eu treinava para ele agarrar, como sempre fez, e depois, sempre que a gente podia, treinávamos as cobranças de falta. Eu queria inventar alguma coisa para auxiliá-lo nas cobranças. Eu mesmo fui lá, comprei dois pneus de moto, encapei os pneus com couro e pendurei os dois, um em cada ângulo da trave. Igual o “Gol Show” do Sílvio Santos (risos). O pessoal falava que eu era meio maluco.
Foi no Flamengo que você começou a inventar os seus métodos e instrumentos de trabalho?
Lá eu tinha uma condição inferior a que o Cruzeiro me dá hoje. Tive que adaptar muita coisa e fiz. Não tinha vergonha e sempre com o apoio do Ney. Inventei muita coisa. Prova disso é que, quando saí do Flamengo, tive que encostar um caminhãozinho e ele saiu cheio de equipamentos. Tudo que você imaginar.
Como foi a chegada ao Cruzeiro, há oito anos?
Vim contratado pelo Cruzeiro e não pela comissão técnica do Cuca, em 2010.
E o primeiro contato com o Fábio?
Eu o achava um excelente goleiro e sempre falei isso com ele. Mas eu achava que se eu o treinasse ele seria melhor. Falei para ele que eu estava realizando um sonho de trabalhar no Cruzeiro e de principalmente de treiná-lo. Acreditava que ele podia se destacar mais no Brasil e não só isso; que poderia ser o melhor goleiro do mundo. Não queria que fosse apenas o melhor goleiro do Campeonato Mineiro.
Apesar de ter vindo do Flamengo, foi complicado convencer Fábio e os outros goleiros da sua metodologia?
Treinar um goleiro da bagagem do Fábio não era fácil. Principalmente ele. É um cara que não é só inteligente para defender. Ele é uma pessoa inteligente em todos os aspectos. É acima da média. No início, eu tinha que fazer o treinamento e dar uma explicação e dizer para que servia. Sempre tive muito apoio dele, desde sempre.
E o Rafael? Foi uma joia bruta que você lapidou?
Tive a sorte de conhecê-lo. Sempre gostei e sempre o admirei. Desde as categorias de base, eu sempre via no Rafael um goleiro de verdade. Um goleiro técnico, arrojado, com a cara do Cruzeiro mesmo. Ele é um goleiro elegante, de boa estatura e que enche o gol. É um cara tranquilo e ponderado. Sempre tenta resolver as coisas na base do diálogo e do treinamento; nada de força, de passar do ponto. Foi muito bem criado.
Pelo menos no Cruzeiro, aquela história de que goleiro tem que ser meio doido cai por terra, né?
Nunca concordei com isso. Acho que o goleiro tem que ser corajoso e ter uma tomada de decisão correta. Goleiro doido demais faz bobagem demais o tempo todo e fazer o que não deve. Uma hora se dá mal. Prefiro orientar meus goleiros a terem uma posição mais conservadora.
Goleiro hoje é obrigado a sair jogando com os pés?
No passado não. Tanto é que era proibido atrasar a bola para o goleiro. Era para o zagueiro dar o chutão. Hoje, o goleiro é o 12º jogador e é melhor treinado. Não só defende, como consegue colocar o time para jogar, tendo uma boa leitura de jogo. Contudo, ainda estamos longe do ideal.
Neuer é o pioneiro disso no mundo? É o melhor da posição para você?
Não. Acho o Neuer um goleiro muito espalhafatoso, que aos meus olhos não é o melhor do mundo. Não sou maluco de dizer que não é um excelente goleiro, mas eu vejo outros melhores que ele. Para mim, o número 1 é o Oblak, do Atlético de Madrid. Cito também Buffon, Van Der Sa e Peter Cech como exemplos de ótimos goleiros. No Brasil, como não posso puxar sardinha para o lado do Fábio, vejo como o melhor de todos os tempos o Rogério Ceni, o mais completo. Dida também está entre os meus preferidos.
Fábio vai chegar ao milésimo jogo pelo Cruzeiro?
Eu gostaria, mas acho que ele precisa de três temporadas para isso. Chegar a dois, três anos eu não sei. Temos que avaliar. Não dá para fazer uma previsão assim, por mais que eu, o Fábio e o clube respeitemos esta questão da idade. Se ele joga até hoje em alto nível, é justamente por respeitar a idade. O treinamento para ele é diferenciado. Ele tem todo um tratamento especial, principalmente do Roberto. Ele vai esticar a carreira por muito tempo, principalmente se mantiver esta performance; o Fábio atravessa o talvez o melhor momento da carreira.
E o que falar dos outros?
Temos o Rafael pronto para substituir o Fábio, o Lucas França que está emprestado para um time de Portugal e que não abriremos mão de forma alguma, além do Gabriel Brazão e do Vitor Eudes. Fatalmente estes serão os futuros goleiros do Cruzeiro.
O Cruzeiro já pensou em emprestar o Rafael em algum momento?
Já recebemos muitas propostas pelo Rafael e eu fui a primeira pessoa a vetar. Ele é o nosso goleiro e não podemos abrir mão disso. Nós não fazemos goleiros para os outros. Fazemos pra nós. Não fazemos goleiro para vender ou para negociar ou emprestar. Não adianta cobrir um santo e descobrir o outro, como diz o ditado. Hoje a gente fecha os olhos se o Fábio tiver um imprevisto. Ele já tem mais de 100 jogos pelo Cruzeiro e está pronto.

Por que o Fábio não figura nas listas da Seleção Brasileira?
Eu acho que ele realmente merecia ter ido em alguns momentos, mas não foi escolhido. Acho que hoje também poderia ser convocado, mesmo com uma idade difícil para disputar uma Copa do Mundo.

Você se considera o melhor do país atualmente? 
Acho que nós temos muitos bons profissionais por aí. Mas hoje eu sinto que todos os clubes que o Cruzeiro enfrenta, sem exceção, todos os treinadores de goleiros vêm falar comigo, comentando que acompanham meus treinamentos. Pedem meus materiais, pedem as medidas… Eu, sinceramente, não me vejo como o melhor, mas estou me tornando uma referência. Eu elevei o nível do treinamento de goleiros. Tirei da mesmice. Não me acomodo nunca. Preciso que o Fábio conserte algumas coisas que eu vejo que ele precisa melhorar, mesmo encerrando a carreira. O Rafael também. Um pouquinho que você descuida, você perde a condição física, a qualidade técnica, e o resultado vem no jogo.
Seleção é um sonho? 
Gostaria um dia de trabalhar na seleção, mas entendo que meu trabalho mesmo é desenvolvido no clube. Acho que o treinador da seleção não treina muito e só consegue dar orientações. Se o Fábio fosse convocado, o responsável pela performance seria ele. Ele vai para lá preparado. Seria uma coisa marcante, mas nunca sofri porque não fui.