Por: Dr. Júlio - 15 de Setembro de 2017 - 09:23
MICHEL TEMER
Presidente - Brasília / DF
- Nascimento:(76 anos)
- Escolaridade: Superior Completo
- Naturalidade: Tietê, SP
PEGA LADRÃO
PROCURADO VIVO OU MORTO
Antes da divulgação da nova denúncia, o presidente Michel Temer fez um discurso com críticas a abusos de autoridade.
Era só uma ordem de construção de ponte sobre o Rio Araguaia. Mas o presidente fez da assinatura do papel um evento duplo. Michel Temer esteve nas duas pontas que devem se beneficiar da obra.
Primeiro em Xambioá, no Tocantins e, depois, em São Geraldo do Araguaia, no Pará. Ato cheio de elogios aos aliados da região e exaltação à classe política. Temer queria distância da imprensa.
Num dos discursos, sem citar nomes, o presidente disse que é preciso evitar o abuso de autoridade no país.
“Nós somos autoridades constituídas porque a única autoridade existente do sistema é a lei, é a Constituição. Então quando falam, por exemplo, de abuso de autoridade, eu costumo dizer o seguinte: não é abuso de autoridade contra o presidente, contra o governador, contra o deputado. É quando alguém ultrapassa os limites da lei, daí é que a violação da autoridade. É uma coisa nós devemos evitar no Brasil”.
E desde a quarta-feira (13), o Planalto revive o entra e sai de aliados. Mesmo na ausência de Temer, nesta quinta (14) também foi intenso o movimento nos gabinetes dos ministros do palácio.
Antes mesmo da apresentação da segunda denúncia contra o presidente, já começavam a chegar demandas por verbas e cargos.
De volta a Brasília, o presidente foi direto ao Planalto. Eram 17h25.
O marqueteiro Elsinho Mouco e os assessores de Temer já o esperavam com um texto pronto: a reação do presidente contra a denúncia. O que se diz no Planalto é que a situação é ruim para Temer, mas bem menos preocupante que da primeira vez, quando havia o peso da imagem de um ex-assessor do presidente correndo com uma mala de dinheiro.
Os palacianos avaliam que a segunda denúncia chega frágil, porque, segundo eles, se baseia também em depoimentos de dois delatores sem credibilidade.
Antes de anoitecer, assim que a denúncia foi entregue ao Supremo, a Casa Civil já providenciava cópias. Líderes do governo foram chamados, aliados começaram a telefonar. O gabinete de Temer e seu entorno se agitaram.
O ministro da Secretaria Geral, Moreira Franco, também denunciado, já nem estava no Planalto. Viajou para o Rio. O outro homem de confiança de Temer também denunciado, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a adiar sua viagem a Porto Alegre, mas, horas depois, decidiu embarcar mesmo assim à noite.
Apesar da regra estabelecida pelo próprio presidente em fevereiro, a de que ministro denunciado seria afastado provisoriamente, Temer não fez nenhum movimento nesse sentido.
O presidente quer primeiro analisar o teor da denúncia para depois fazer um pronunciamento, provavelmente nesta sexta-feira (15).
A assessoria do Planalto informou que os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral, não serão afastados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário