terça-feira, 4 de dezembro de 2018

NO FUTEBOL E NA POLÍTICA !!!

Por: Dr. Júlio - 04/12/2018 - 12:36
Nestes momentos que antecedem a jogos importantíssimos para Atlético e América na última rodada do Brasileiro. Mas vale sempre o ditado “antes tarde do que mais tarde” e o assunto continua atualíssimo. Coincidentemente eu vinha pensando escrever sobre o mesmo assunto e concordo com ele. Nós da imprensa mineira às vezes exageramos na condenação de árbitros por possíveis erros contra nossos clubes. Costumamos concordar demais com jogadores, treinadores e dirigentes na transferência de suas eventuais falhas e incompetências para a turma do apito.
Clubes colocarem na arbitragem a culpa por uma derrota ou eliminação está tão previsível, no Brasil, quanto as campanhas eleitorais, nas quais cada facção – direita, centro ou esquerda – coloca nas outras a responsabilidade pelas mazelas que assolam nosso país. Diante da inexistência de argumentos plausíveis, de autoavaliação e do senso crítico, acaba sendo compreensível tal ato, embora, nem sempre, as explicações sejam verdadeiras ou justificáveis – tanto no futebol quanto na política.
Sempre critiquei a imprensa bairrista de Rio e São Paulo no que diz respeito ao futebol – melhor nem falar de Política, senão o assunto rende demais… Entretanto, nos últimos tempos, tenho me sentido incomodado com as transmissões esportivas da supostamente mais tradicional rádio de Minas. O assunto “arbitragem” é explorado em todas as nuances possíveis antes, durante e depois do jogo. As perguntas feitas aos atletas, treinadores, dirigentes e torcedores são sempre direcionadas por esse viés: os clubes mineiros foram “operados” pela arbitragem. Nem sequer se dão ao trabalho de ver o lance na tela e, quando veem, tentam ajustar a imagem aos comentários emitidos, e não o contrário.
Árbitros erram – com ou sem intenção. Políticos cometem equívocos – com ou sem dolo. Um ex-jogador e até pouco tempo comentarista numa emissora de TV foi demitido por criticar a parcialidade e a maneira passional com que os repórteres setoristas trabalham. Sou um defensor contumaz da democracia, da liberdade de imprensa e de opinião. Mas acredito que precisa haver uma postura mais comedida dos profissionais de imprensa, sem exasperações tendenciosas. E também creio que urge um posicionamento criterioso de quem ouve, lê, assiste, “consome” as notícias. O Apóstolo Paulo nos exorta a “Examinar tudo, e reter o que é bom” (I Tessalonicenses 5.21).
As diferenças são importantes, o contraditório é salutar. E o domínio próprio é essencial a fim de se evitar entrar na onda extremista para a qual a humanidade caminha a passos largos  –  seja na política, no futebol ou na vida.

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