terça-feira, 26 de maio de 2020

INCERTEZAS NA EXPECTATIVA DO RECOMEÇO DO FUTEBOL NO BRASIL DOS CORRUPTOS

Por: Dr. Julio - 26/05/2020 - 13:39
Impossível dizer qual a atividade econômica e qual categoria profissional está sendo mais prejudicada, somando mais prejuízos em função da Covid-19.  Certamente as que estão no “fim da fila”, para receber o sinal verde das autoridades sanitárias, para retornarem. O futebol é uma delas.
E quando você pensa que este terror pelo qual passa a humanidade faria as pessoas refletirem mais, dialogarem e serem mais solidárias, brotam rompantes de arrogância e insensatez, aos montes, Brasil e mundo afora, no futebol inclusive. No Rio, Botafogo e Fluminense têm posições diferentes de Flamengo e Vasco, quanto à hora de voltar aos treinos e às competições. Mas o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que até hoje não resolveu a questão das indenizações às famílias dos jogadores da base, mortos no incêndio do Ninho do Urubu, saiu com essa frase, em entrevista à Fox Sports: “… além do tamanho e da importância que o Botafogo hoje tem, é um indicador que, se eles (Botafogo) discordam, é uma indicação muito forte que estamos no caminho certo…”.
Certamente este presidente ainda não experimentou na vida a adaptação da frase do Nelson Rodrigues, de que “toda a arrogância será castigada”. Deve desconhecer que o Brasil é o segundo no nefasto ranking de mortes no mundo: 23.522 e que o Rio de Janeiro contribui com inacreditáveis 4.125 pessoas, disputando com São Paulo qual estado é o primeiro.
A volta do Campeonato Alemão aumentou a ansiedade de quem aguarda essa volta no Brasil, mas a realidade de cada país é completamente diferente. Começando pelo início da pandemia. Lá, começou dois meses antes, sem falar no comportamento da população. Para ficar em um único exemplo, o técnico Heiko Herrlich, 48 anos, do Augsburg, não pôde dirigir o time no jogo contra o Wolsfburg (que venceu por 2 a 1 ), porque deixou hotel da concentração para dar uma chegada num supermercado e comprar uma pasta de dente. Esqueceu a máscara e teve que ficar “preso” no quarto do hotel por alguns dias, para cumprir os tais protocolos e refazer exames.
– Cometi um erro ao deixar o hotel. Mesmo que eu tenha seguido todas as medidas de higiene tanto ao sair do hotel quanto na volta, eu não posso desfazer isso. Nessa situação, eu não agi como um modelo para o meu time e para o público, disse ele.
Convenhamos, não teríamos muitos exemplos como este por aqui. Neste esboço de retorno dos nossos times em Minas, as notícias são muito positivas no que se refere aos cuidados de Atlético, Cruzeiro e América, porém, o reinício do Campeonato Mineiro e começo do Brasileiro continuam cercados de incertezas.

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