quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O NOVO PRESIDENTE E AS MUDANÇAS NO FUTEBOL DO ATLÉTICO

 Por: Dr. Julio - 07 de Janeiro de 2021 - 13:37

Mesmo sendo candidato único à presidência do Atlético, Sérgio Coelho visitou, se reuniu ou telefonou para antigos e novos conselheiros, para trocar ideias e buscar a união do Galo. Como neste encontro no restaurante Xico da Kafua, com o jornalista Sérgio Moreira (à esquerda dele) e Muraí Caetano. Na foto abaixo, ex-diretores da base, e conselheiros, como o Carlos Alberto Costa, Jamil Salomão, o técnico Baiano, MEU GRANDE AMIGO e outros atleticanos tradicionais.  

Todo sucesso ao Sérgio Batista Coelho, novo presidente do Atlético, que já entrou promovendo mudanças no setor mais importante de qualquer grande clube, que é o futebol. Demitiu Alexandre Matos e contratou Rodrigo Caetano para o lugar.

A partir de meados dos anos 1990 a figura do diretor de futebol ganhou super poderes nos clubes. A competência ou não deles, passou a ser atrelada ao sucesso ou ao fracasso do presidente e sua diretoria.

Recém saído da presidência do Valeriodoce, de Itabira, onde fez muito boa gestão, Eduardo Maluf, foi lançado por Zezé Perrella, como o “executivo” do futebol do Cruzeiro. Deu certo.

Maluf depois foi para o Atlético, retornou ao Cruzeiro e voltou ao Galo, levado por Alexandre Kalil, para um novo período de enorme sucesso. Infelizmente um câncer o levou precocemente, na gestão do Daniel Nepomuceno, que não conseguiu um substituto à altura. De lá para cá, seis passaram pela vaga no Atlético. Rodrigo Caetano será o sétimo.

É um cargo de extrema importância e da confiança absoluta do presidente, que é quem sabe onde realmente dói o calo. O comandante maior do clube é quem enfrenta as consequências diretas do acerto ou erro da nomeação de alguém para essa função. Sérgio Coelho preferiu trocar. Se será melhor, só o futuro dirá. Alexandre Matos teve passagem rápida, ofuscada pelo treinador Jorge Sampaoli, que manda em tudo.

Estes “executivos” de futebol passaram a ter uma valorização anormal, como se fossem grandes jogadores. Eduardo Maluf foi um dos pioneiros deste novo modelo de gestão, porém, diferentemente das novas gerações, tinha ligação total com os presidentes com os quais trabalhava. Dividia as responsabilidades e dava 100% de satisfação a Zezé/Alvimar Perrela, no Cruzeiro, e a Alexandre Kalil, no Atlético. Não fechava nenhum negócio sem a autorização e supervisão dos mesmos.

Estes atuais executivos chegam com plenos poderes. Recebem as chaves das sedes administrativas e dos centros de treinamentos. Muitas vezes fazem contratos difíceis para quem conhece um mínimo de futebol entender. Tornou-se comum, pernas de pau serem dispensados ou terminar seus contratos, recorrerem à justiça e ganhar fortunas, graças a cláusulas estranhas, que geram brechas para bons advogados trabalhistas deitar e rolar. Mistérios do futebol “comercial”, moderno, que passam batidos do grande público, que só quer saber da bola rolando, no embalo dos interesses de grande parte de repórteres, comentaristas e empresas de mídia, que têm patrocinadores diretamente ligados aos clubes, dirigentes, empresários, jogadores e etecetera e tal.

Estes novos “executivos” da bola, são todos amigos entre si, com algumas exceções. Frequentam os mesmos cursos de formação existentes, têm formas de trabalho muito parecidas, trocam informações permanentemente entre eles e não deixam os amigos na mão. Raramente algum integrante deste fechado círculo fica desempregado. Raramente um fala mal do outro publicamente. Se indicam para os futuros patrões. Uma grande ação entre amigos, mudando de clubes com bastante frequência.

A maioria dos flamenguistas que conheço não sente nenhuma saudade do Rodrigo Caetano. Com dinheiro sobrando, montou um grande time e o entregou para Abel Braga dirigir. Deu com os burros n´água. Tomara que, caso o Sampaoli saia algum dia, por qualquer motivo, não traga o Abel como sucessor.

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