segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O PODER DOS GRUPOS NO BRASILEIRÃO

Por: Dr. Julio - 19-Agosto-13 - 08:31
[Fotos] Cruzeiro 5 x 1 Vitória pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro 2013 - Cruzeiro Esporte Clube - Fotos: Vipcomm
   Eram 16 minutos do segundo tempo quando Luan perdeu a oportunidade de abrir o placar contra o Internacional em Novo Hamburgo. Menos de um minuto depois de o centroavante gaúcho Leandro Damião acertar o travessão do goleiro Victor. Grande jogo, entre dois times que querem algo mais no Brasileiro, apesar de não ocuparem os melhores lugares da tabela de classificação.
    Só agora o Campeonato está começando a propiciar a torcedores e analistas, elencar listas de prováveis candidatos ao título e lutadores pela permanência na Série A.
   Neste contexto, o Cruzeiro se credencia, principalmente depois da goleada sobre o Vitória, sábado, que abriu os olhos do país pela elasticidade do placar. Os 5 a 1 sobre o Vitória estabeleceram uma marca diferente: pintou um candidato real ao título. O goleado não foi um adversário qualquer. O rubro-negro baiano faz muito boa campanha; seria normal perder para o Cruzeiro em Belo Horizonte, mas não de goleada tão acachapante.
   Mostra que além de time a Raposa tem banco, já que o técnico Marcelo Oliveira não teve como repetir o mesmo time, em todos os jogos e ainda assim o time mantém regularidade e se garante na primeira ou segunda colocação.
Diferença
   Esta é a diferença do Campeonato Brasileiro em relação aos melhores e mais ricos campeonatos do mundo. O espanhol começou neste fim de semana e o mundo tem certeza que Barcelona ou Real Madri será o campeão. No Brasil, apesar da força econômica dos clubes do Rio e São Paulo, impossível apontar quem será o campeão ou será rebaixado, mesmo quase na metade do primeiro turno.
Quem garante que um São Paulo não reagirá na classificação?
Poder do grupo I
    O Cruzeiro tem time e banco. Pouca gente se lembra que apesar da posição invejável na classificação e goleada sobre o Vitória o time não tem contado com jogadores como Dagoberto, e que o artilheiro Borges ficou uma temporada afastado por contusão, e que hoje briga pela condição de titular com promessas como o Vinícius Araújo (prata da casa) e Ricardo Goulart, excelente aquisição ao Goiás.
Entrou na disputa
    Além da vitória convincente sobre o Bahia o Atlético fez um bom jogo contra o Inter em Novo Hamburgo. Cuca mudou o discurso infeliz, de que priorizaria a Copa do Brasil; passou a falar em título, também do Brasileiro, equilibradíssimo. Parece que os jogadores incorporaram o discurso e puseram fim ao espírito de ressaca da Libertadores.
O empate no Sul mostrou isso.
Poder do grupo II
    Sem falar que o Marcelo Oliveira foi uma aposta do Gilvan de Pinho Tavares, um presidente que apostou em gestão própria, diferente do que a maioria de nós imaginava. Nove em 10 futebolistas achava que ele seguiria a cartilha do antecessor Zezé Perrella. Nada a ver! Métodos e filosofia próprias, começando pelo diretor de futebol, Alexandre Matos e treinador. Estrategicamente tolerou Celso Roth, no primeiro ano de mandato, de vacas magras.

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