segunda-feira, 17 de setembro de 2018

MANO MENEZES

Por: Dr. Júlio - 17 de Setembro de 2018 - 16:37
Não perco tempo de ouvir entrevistas da maioria dos jogadores e de grande parte dos técnicos. De outros, faço questão. Aqueles que dizem coisa com coisa e acrescentam. Mano Menezes está neste seleto grupo de “outros”. À exceção de momentos de exageros em relação a arbitragens, toda entrevista dele vale a pena ouvir. Depois deste zero a zero insonso de hoje, por exemplo. Deu uma aula para boa parte dos companheiros jornalistas, ao afirmar que a imprensa, torcidas e quem mais quiser, pode e deve chamar o time que ele chama de “alternativo”, de reserva: “Eu é que não posso!” Claro, faz parte do trabalho dele valorizar o grupo que comanda, mas qualquer outro mortal não tem que ficar cheio de dedos em situações como essa. Outra coisa óbvia que ele disse, mas que a imprensa trata como se fosse novidade ou mistério: não tem nenhum jogo fácil no Brasileiro, principalmente em clássicos. Qualquer reserva, seja do Cruzeiro, seja do Atlético, vai “comer grama” e dar trabalho demais para o arquirrival, por mil motivos. Mano também não entrou nessa de botar pilha na rivalidade e gozar o principal rival. Perguntado pelas medidas restritivas da diretoria do Cruzeiro à torcida do Atlético, falou que não é assunto dele, porque não gosta palpites no trabalho dele e só dá palpites no trabalho da diretoria quando é chamado a opinar. Perguntado sobre 50% das torcidas nos clássicos, foi claro: “É muito bom ver a festa meio a meio nas arquibancadas”.
Já as entrevistas do Thiago Larghi são previsíveis e pouco interessantes. Ouço porque deve de ofício, porque é técnico do Atlético. Mas, defendo-o em muitas situações, como por exemplo: o atleticano Marcus Vital questionou-me via twitter: “Chico creio q vale um comentário em seu blog sobre o Thiago Largui, péssimo em suas escolhas nas últimas rodadas. Já deu a desculpa que está reconstruindo time, perdemos apenas dois titulares em relação ao 1o semestre.”
A maior crítica que faço ao técnico atleticano se refere a algumas opções equivocadas que ele adota em função da inexperiência, mas acho-o um bom treinador, que tende a se equiparar aos melhores do país, em pouco tempo. Contra o trabalho dele pesa a qualidade técnica do elenco que tem nas mãos, em função do aperto financeiro do clube e da política responsável, de equilíbrio da “água com o fubá” adotada pelo presidente Sérgio Sete Câmara.
Hoje, por exemplo: Luan tem que ser substituído, mas Larghi tem Edinho como peça de reposição. Precisa dizer mais alguma coisa?

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