quinta-feira, 20 de julho de 2017

A SUCESSÃO DE EQUÍVOCOS

Por: Dr. Júlio - 20/07/2017 - 11:31CAMBAH

A nova história do Atlético no Independência se repetiu na noite desta Quarta contra o Bahia. Domínio da partida, chances desperdiçadas e mais uma derrota em casa, a quarta em oito jogos, hoje por 2 a 0.
A grande pergunta que se faz é: o que impede o time de engrenar, tendo tantos jogadores de qualidade no elenco e um dos treinadores “emergentes” mais badalados do futebol brasileiro. Depois de tanto ver, ouvir e ler, mais a experiência adquirida em muitos anos cobrindo futebol, o que posso dizer é que estamos diante de uma sucessão de erros. A soma de tudo resultou nesta frustrante inoperância; um time que não funciona. Resultado de contratações equivocadas, somadas a jogadores do clube que já tinham algum tipo de problema, que não permitem ao treinador ter um time definido, uma base que tenha um mínimo de conjunto. Veteranos em excesso, outros com problemas físicos e vários sem qualidade técnica, que não dão conta de segurar a barra quando os titulares não podem jogar. Com o calendário apertado de sempre, sem o devido tempo para treinar, dá nisso que estamos vendo.
São nove jogadores acima dos 30 anos de idade, com o desconto para Victor, 34, idade ainda boa para goleiros. Leonardo Silva 38; Rafael Moura, 34, Fred, 33, Robinho, 33, Fábio Santos, 32, Elias, 32, Felipe Santana, 31, Roger Bernardo, 31.
Felipe Santana estava há mais de um ano sem jogar e perdeu-se tempo e pontos preciosos com ele em campo. Agora, viu-se que foi uma aquisição desnecessária, além de temerária, já que Gabriel e Bremer, pratas da casa, estão formando uma boa zaga. Infelizmente não se pode mais contar 100% com Luan, comprometido por problemas físicos. Marlone pouco ou nada somou, como era de se esperar. Danilo foi outro equívoco tão grande que já foi dispensado.
Com três competições difíceis ao mesmo tempo (Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil) todo treinador passa aperto, mas com um elenco sem peças de reposição ou em boas condições, vai-se para a base do “seja o que Deus quiser”. E é isso que estamos vendo no Atlético.
Os jogadores correm muito, tentam, mas têm limitações físicas, técnicas e nenhum conjunto. Quando os melhores e mais inteiros estão em campo, acontecem boas partidas, mas sempre falta alguma coisa. O resultado é comprometido por alguma falha individual ou falta de sintonia.
Sem os resultados desejados a impaciência se generaliza, os nervos ficam à flor da pele, a bola passa a queimar nos pés e nada dá certo. O ambiente se torna pesado, declarações mal dadas ou fora de hora se sucedem e quando não há lideranças fortes, dentro e fora de campo, para por ordem na casa, dá nisso que estamos vendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário