domingo, 2 de julho de 2017

O GOL DO CAZARES MUDOU A HISTORIA DO CLÁSSICO

Por: Dr. Julio - 02 de Julho de 2017 - 22:07
FRED
Além do gol, ele foi o grande responsável pela reação do Atlético. Antes de ele bater a falta me lembrei do saudosíssimo Elias Kalil, que defendia a tese de que o Atlético sempre tinha que ter no time um bom cobrador de faltas, porque num lance desses pode estar a vitória ou uma derrota a ser evitada. Aos 45 o equatoriano empatou, inflamou a torcida e dois minutos depois Fred virou o jogo.
Sábio Elias! Tanto que, em determinado momento, pôs no Galo os dois melhores cobradores de falta em atividade no mundo na época: Nelinho e Éder. Tive o privilégio de ver isso, e melhor ainda, ser o setorista da Rádio Capital, no dia a dia do clube.
Até esta falta o Cruzeiro mandou no jogo. Thiago Neves abriu o placar depois de ótima criação do Álisson e outras oportunidade surgiram para que a Raposa ampliasse. O meio do Galo inexistiu; os atacantes padeciam de bolas pra levar algum perigo ao gol do Fábio e o quadro era o pior possível para o time, que perdera o Capitão Leonardo Silva, aos três minutos, em seu 299º jogo com a camisa alvinegra.
O árbitro gaúcho Daronco não apitou pênalti quando Elias chutou e a bola bateu claramente no braço do Diogo Barbosa. A maioria dos apitadores penaliza em lances semelhantes. Ele não; pelo menos neste jogo. Essa ordem de “interpretação” da FIFA é uma margem de manobra que ela ainda tem para manobrar alguma partida de interesse dela mundo afora. Absurdo dos absurdos: o jogador não tem intenção, mas se a bola pega no braço ou mão, é pênalti!
O segundo tempo foi equilibrado, morno, com o Cruzeiro tentando empatar, mas tendo pela frente um Atlético totalmente diferente de antes. Seguro e articulado. O terceiro gol nasceu de mais uma genialidade do Cazares. O danado faz lembrar, em certos momentos, o Ronaldinho Gaúcho, que não olha pra bola ao tentar driblar. Consegue olhar o marcador e o companheiro melhor colocado ao mesmo tempo. E nessa, achou o Fred, de novo, que finalmente deu o ar da graça contra o Cruzeiro.
As luzes do Independência se apagaram e muita gente se lembrou de 2013, quando aconteceu a mesma coisa no jogo do Galo contra o Newll’s Old Boys, pela Libertadores. As luzes voltaram, Guilherme fez o segundo gol e o título veio na sequência. Até hoje não entendo o motivo de alguém dizer que foi uma estratégia extracampo do Atlético.
Igual nestes 3 a 1. O que teria o sumiço das luzes com a sequência e o resultado do jogo?

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