quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A Polícia Militar de Minas Gerais continua devendo explicações à cidadania

Por: Dr. Julio - 05/11/2015 - 09:40

No Brasil as instituições públicas gostam de transferir responsabilidades para o cidadão. O Estado erra mas o cidadão paga o pato. Quem acompanha o meu trabalho desde o início em Belo Horizonte, na Rádio Capital, em 1979, sabe que sempre fui defensor da nossa Polícia Militar, mas sem abrir mão de criticá-la quando não havia dúvida de algum erro cometido por ela ou por algum de seus integrantes, de soldados a oficiais. A própria corporação sempre teve um departamento de comunicação exemplar, que era o primeiro a chamar a imprensa, esclarecer e assumir erros quando ocorriam, garantindo o respeito e a credibilidade da PM perante a população a qual ele serve.
Domingo me surpreendi ao tomar conhecimento que a Polícia Militar teria “invadido” residências perto do Estádio Independência na captura de torcedores. Mas como assim invadiu uma residência? Sem mandado judicial? Voltamos à ditadura e não estamos sabendo? Depois vi na imprensa, depoimentos de moradores que não só foram “invadidos” como tiveram prejuízo material e moral com essa ação.
No Brasil as instituições públicas gostam de transferir responsabilidades para o cidadão. O comandante do batalhão de choque, tenente-coronel Gianfranco Caiafa, procurou o Superesportes para defender a ação da PM e culpar a torcida do Atlético e ao presidente Daniel Nepomuceno. Ele deveria ter dado esta missão ao chefe da Sala de Imprensa da PMMG, Maj Gilmar Luciano Santos, que é excelente profissional e sabe se comunicar. É do ramo. Caso ele tivesse sido acionado para dar as explicações que a PMMG é obrigada a dar para esta confusão de domingo, certamente não estaria rolando um vídeo no YouTube que põe a nossa PM muito mal perante ao país.
“Polícia Militar de Minas Gerais erra e torcedores de Atlético e Corinthians pagam o preço”

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