quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

DR JULIO NO BLOG TAMBÉM LAMENTA A MORTE DO TORCEDOR BOLIVIANO EM JOGO DO TIMÃO, NESTA QUARTA-FEIRA, PELA LIBERTADORES

Por: dr julio - 21-fev-13 - 08:29

San José x Corinthians - Copa Libertadores - Kevin Douglas Beltrán Espada (Foto: Reprodução) KEVIN BELTRÁN ESPADA MORREU NO ESTÁDIO EM ORURO

      O clima é de apreensão no Estádio Jesús Bermudez, na cidade de Oruro (BOL) após o empate por 1 a 1 do Corinthians contra o San José, nesta quarta-feira, pela Libertadores. De acordo com a polícia local, um torcedor do time da casa faleceu no fim do primeiro tempo ao ser atingido por um sinalizador (chamado de bengala pelos bolivianos) que teria sido atirado do setor visitante, que era ocupado pela torcida do Corinthians.

     O objeto, de acordo com o tenente Cáceres, acertou em cheio Kevin Beltran Espada, de 14 anos, que acabou falecendo a caminho do Hospital Obrero. Ele seria natural de Cochabamba (BOL), segundo informações da imprensa boliviana. Inicialmente, o policial informou à imprensa brasileira que cinco brasileiros foram presos. Depois, foi confirmada a prisão de nove: oito homens e uma mulher.
 
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> Testemunha relata que disparo de artefato foi acidental
> Médico diz que morte de garoto foi imediata
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     A situação causou apreensão na delegação corintiana. No fim do jogo, torcedores bolivianos faziam coro de "assassinos" para os brasileiros. Membros da delgação corintiana - dirigentes e jogadores que não ficaram no banco de reservas - foram orientados a sair do camarote e descer para o vestiário ainda no decorrer do segundo tempo.
O técnico Tite cancelou sua entrevista coletiva e chorou ao fazer um pronunciamento sobre o trágico incidente. O gerente de futebol Edu Gaspar também falou sobre o assunto e prestou solidariedade à família da vítima.


    A cartolagem que comanda essas entidades, e muitos dirigentes dos clubes, não estão nem aí para o futebol. Muito pelo contrário, detestam o esporte, assim como a maioria dos governantes e políticos.

    Chegam a ter nojo de torcedor e os querem cada dia mais distantes dos estádios.

     Desse mundo milionário da bola, só querem os milhões que ele rende, de dinheiro e votos.

    Usam o esporte como um todo, mas o futebol é a galinha dos ovos de ouro.

    Nas campanhas políticas prometem “desenvolver” o esporte para “tirar os jovens das drogas e promover a inserção social”.

  Discurso demagogo, hipócrita, “bonitinho, mas ordinário”, parafraseando Nelson Rodrigues. 

    Depois que passam as eleições o eleitorado nem presta a atenção aos secretários de esporte que são nomeados: ilustres desconhecidos do mundo esportivo, maioria absoluta sem nenhuma identidade com o setor. Às vezes nem sabem a cor das camisas dos times e se determinados esportes são jogados com as mãos ou com os pés.

    Pastas como a do esporte são usadas para barganhas políticas, para acomodar derrotados nas urnas ou aliados que exigem que o apadrinhado de momento ocupe uma posição de destaque no governo ou nas casas legislativas.

    É assim na maioria das prefeituras, estados e no governo federal! Ou não?

    Pintam e bordam, fazem o que bem entendem, porque sabem que a paixão cega da maioria das torcidas, não está nem aí se eles roubam e aprontam. O cego de paixão só pensa no time dele e esquece que é cidadão, que paga impostos, paga ingressos, compra os produtos gerados pelo seu clube e até das gangs organizadas que se aproveitam desse mundo milionário também.

   Aconteceu na Bolívia ontem, como ocorre em Belo Horizonte, São Paulo, Rio, Recife, Porto Alegre, enfim…

    Para quem comanda, o importante é que o circo continue e que a grana entre em seus bolsos, chegue de onde chegar!

   Cadáveres e feridos, pouco ou nada importam para essa gente!

   E aposto que este post terá menos comentários que o anterior, onde falo da situação do Mineirão, onde os políticos não deixaram os nossos clubes construirem seus próprios estádios, dizendo que o novo seria deles, mas na hora “agá” mudaram tudo e deram uma rasteira neles e em seus torcedores.

   Não permitiram nem que os clubes participassem do edital de licitação para a construção da  “nova casa do futebol mineiro”.


Vamos lá.
Morreu um menino de 14 anos.
O menino saiu da cidade dele e foi apenas ver um jogo da Libertadores.
Não me importa se ele era torcida de A ou de B.
Não me importa mesmo.
O que importa, na minha visão, é que um cara que morreu no estádio.
Os culpados têm que aparecer e têm que pagar.
É torcedor do Corinthians?
É torcedor do San José?
Novamente não importa.
Não endosso o discurso fraco de que foi apenas um momento de inconsequência.
Na verdade, não importa nem mesmo o discurso.
O que me assusta nem é a violência no futebol.
O que me deixa indignado é que a Conmebol, que é quem organiza e lucra com o torneio, não é capaz de escrever uma linhazinha de solidariedade aos familiares do menino que morreu.

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