sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ESPORTE, POLÍTICA, POLITICAGEM E LONGEVIDADE NO PODER

Por: dr julio - 15-fev-13 - 10:32


     O esporte é um dos maiores trampolins para quem quer fazer carreira política. Em países onde o futebol é paixão popular, empresários se tornam dirigentes e chegam a mandados parlamentares e executivos. 

  Temos incontáveis casos no Brasil; muitos em Minas, Belo Horizonte e interior. Na Argentina, Mauricio Macri, com o dinheiro das empresas dele, tirou o Boca Juniors do atoleiro, foi eleito e reeleito prefeito de Buenos Aires e é o principal nome de oposição à presidente Cristina Kirchner.

   No Paraguai o dono de 26 grandes empresas; maior exportador de cigarros do país, Horácio Cartes, assumiu o Libertad; o colocou na prateleira de cima e é o maior favorito à presidência da república, nas eleições no próximo 21 de abril.


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     Horário Cartes, em foto do jornal La Prensa, do Paraguai

    O conceituado jornalista Paulo Vinícius Coelho, escreveu na coluna dele na Folha de S. Paulo, dia três, que um diretor do Cruzeiro disse a ele: “… reservadamente, nesta semana, uma frase importante: “Nos anos 60, o governador Magalhães Pinto construiu o estádio e deu ao futebol de Minas. O governo atual tirou. O Mineirão agora tem de dar lucro, e o futebol vai pagar”.

      É lamentável, mas é verdade!

    Com uma agravante: tirou o estádio também da população. Muitos leitores estão reclamando que não podem mais levar seus filhos e netos para andar de bicicleta ou brincar, no entorno do estádio, porque agora há grades cercando tudo. Ninguém entra; só em dias de jogos ou shows, como do Elton John que vem aí.

   Aliás, não dá nem para ver o Mineirão, como antigamente.

      Só através de fotos aéreas.

    Nunca ouvi falar que a Confederação Sul-Americana de Futebol tenha mandado o São Paulo tirar o seu escudo e o seu nome do estádio que lhe pertence, o Morumbi. Sendo assim, não deu para entender o que levou a entidade presidida há 27 anos pelo senhor Nicolas Leoz, a querer que o América retirasse a marca dele do Independência para o Atlético x São Paulo.

    Por falar em longevidade em cargos de comando, o Papa Bento XVI deu um grande exemplo a presidentes de federações, confederações, ligas e clubes de futebol do Brasil. Carlos Nuzman não larga a cadeira do Comitê Olímpico Brasileiro de jeito nenhum. Nos clubes, muitos cartolas mudam estatutos, põem irmãos, filhos ou esposas no lugar, até poderem voltar.

  Ficam ricos e usam as instituições enquanto querem.

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