terça-feira, 7 de junho de 2016

O PRIMEIRO MUNDO E A FALTA DE ORGANIZAÇÃO NA COPA AMÉRICA

Por: Dr. Julio - 07 de Junho de 2016 - 13:022:38
CONTAINERPORFORA
Com a sua realização em um país de “primeiro mundo” era de se esperar uma Copa América perfeita ou quase, em termos de organização. Mas é isso que estamos vendo e sentindo na pele; muito pelo contrário. Faltam informações básicas para a imprensa e consequentemente para o público. Nem os informes e facilitações que os jornalistas têm em toda competição desse tipo estão à disposição. As retiradas da credencial oficial e do passe para estacionamento são feitas em um inacreditável e minúsculo contêiner, que até tem ar condicionado, mas não cabe ninguém e as enormes filas formadas em seu redor pingam suor com o calor causticante da Califórnia. Dentro do contêiner, duas gentilíssimas jovens e senhor, que fazem o que podem, mas não dão conta de atender rápido a centenas de jornalistas que chegam a cada minuto.
Este ano organização resolveu inovar na distribuição dos ingressos para a tribuna de imprensa e criou um novo canal do “Media Channel”. Ótima intenção, mas muitos companheiros não souberam acessar o sistema e dá-lhe problema. Onde resolver? Acredite: no tal contêiner. Coitadas das moças, com mais serviço; coitados dos jornalistas, voluntários e funcionários que também têm de recorrer ao mesmo local para resolver as suas pendências. Para complicar os computadores com as suas câmeras e impressoras trabalham no ritmo de “lenha verde e molhada”. Volta e meia travam! Ufa! E estamos nos Estados Unidos da América! Mas, por incrível que pareça não está rolando stress. Os jornalistas andam pacientes. Até mesmo os mais esquentadinhos, que se acham estrelas estão diferentes aqui. Talvez por medo de perder o emprego, em função dessa crise que afeta também a mídia, talvez por saber que nos Estados Unidos, apelar é pior ou talvez até mesmo porque os funcionários e voluntários do comitê organizador são tão gentis que o sujeito fica constrangido de ser grosso.
Latinos e as Meninas
Conforme o previsto a maioria absoluta do público pagante nos estádios é latina. Poucos norte-americanos, que continuam arraigados maciçamente nas modalidades que mais gostam: o futebol deles, beisebol e basquete. Por incrível que pareça o futebol feminino aqui tem mais força que o masculino já que envolve as escolas, as universidades e é tratado como fator de saúde pública. No Brasil nossas autoridades políticas e esportivas nem sonham o que é isso. Tratam o assunto como se fosse apenas uma atividade de lazer. É triste, mas não existe política de incentivo ao esporte em nosso país.

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