quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O CRUZEIRO E AS POLÊMICAS ENVOLVENDO O DONO DOS SUPERMERCADOS BH

Por: Dr. Julio - 27 de Janeiro de 2016 - 12:52 de 2016 às 11:20
EPOCA
Cruzeiro levava marca do Supermercados BH no peito e nas costas do uniforme celeste 
Os afazeres com a Primeira Liga e polêmicas envolvendo a Copa Sul/Minas/Rio, tomaram tanto o tempo do Dr. Gilvan que ele não cuidou pessoalmente de um problema que poderia ter sido evitado, que foi a perda de um dos maiores parceiros da história do clube, que o socorria financeiramente mais por paixão de torcedor do que questões de marketing: Pedrinho Lourenço, dono do Supermercados BH, que além de ligações pessoais com toda a cúpula azul e conselheiro, tinha amizade com o atual presidente e vários dirigentes e ex-dirigentes. Com a chegada da Caixa, por falta de habilidade. O antigo parceiro não gostou do tratamento dado a ele. Entende que faltou consideração.
A revista Época dá detalhes no site dela, hoje, em reportagem do Rodrigo Capelo:
Maior mecenas em 2015, dono do Supermercados BH critica Cruzeiro após rompimento
“Fiquei revoltado”, diz empresário que socorreu clube com adiantamentos e novos aportes para cobrir salários e contratações, mas foi “rebaixado” após chegada da Caixa
A Caixa fará em 2016 pela primeira vez patrocínios a clubes de futebol mineiros. O Cruzeiro, em particular, receberá R$ 12,5 milhões para expor a marca do banco estatal na cota máster do uniforme – peito e área superior das costas. Mas perderá, em consequência, o maior patrocinador de 2015, o Supermercados BH. Aliás, mais do que um patrocinador. O desmedido investimento da rede de varejo era mais emocional do que mercadológico. E o distrato, nada amigável.
Depois que conseguiu o dinheiro do banco, o Cruzeiro propôs a Pedro Lourenço de Oliveira, conselheiro cruzeirense e dono da rede de supermercados, migrar a marca dele para a parte inferior das costas, abaixo do número. Só que sem reduzir a verba. O empresário ficou chateado depois que recebeu do clube uma fatura com a cobrança do patrocínio referente a 2016. “Eu sairia sem nenhum problema. Mas quando quiseram me dar o rodapé da camisa pelo mesmo valor, fiquei revoltado. Faltou jogo de cintura, de compromisso, na forma como me trataram”, disse Lourenço por telefone a ÉPOCA. Na nota oficial divulgada na segunda-feira (25), dia do rompimento, usou uma versão mais amena: desalinhos comerciais e negligência“.
A participação do patrocinador no Cruzeiro em 2015 foi tamanha que ninguém, dos dois lados, sabe precisar com exatidão quantos milhões de reais foram repassados ao clube. O Supermercados BH socorreu o clube depois que o BMG deixou de patrociná-lo no fim de 2014 e tinha, oficialmente, contrato para o patrocínio máster. Mas na prática foi requisitado outras vezes para cobrir buracos nas finanças cruzeirenses. “Todo dia eles precisavam de outra coisa. Sempre adiantei dinheiro para pagar salário atrasado. Semana passada mesmo encostei dinheiro para pagar salário”, conta o empresário.
Conforme colocou mais dinheiro do que previa, o patrocinador começou a receber como garantia “cestas” de pequenas parcelas em direitos econômicos de atletas do time profissional e da base. 5% aqui, 10% ali. “Tenho lá participações, mas nunca quis ser agente de futebol. Fazia de coração. Eles quiseram R$ 6 milhões para pagar o [De] Arrascaeta [uruguaio contratado em janeiro de 2015], R$ 1 milhão e tanto para contratar um zagueiro, coisas assim. Eu recebi alguns direitos como garantia”, explica Lourenço. Nem é um negócio que faça sentido, visto que a Fifa baniu em 1º de maio de 2015 participações de terceiros em direitos econômicos. O empresário teria grandes dificuldades para enveredar por este caminho.
O Cruzeiro, procurado por ÉPOCA, afirma que houve um “mal entendido” e que não vai rebater as declarações do ex-parceiro para não polemizar. O clube ainda tem no uniforme Vilma, Cemil, TIM e Super 8, além da Penalty, fornecedora de materiais esportivos.

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